Paim apresenta voto de repúdio a James Watson



O senador Paulo Paim (PT-RS), em discurso nesta quinta-feira (18), anunciou a apresentação à Mesa de um voto de repúdio ao biólogo James Watson, por ter dito, em entrevista a um jornal britânico esta semana, que os africanos são menos inteligentes do que ocidentais. Watson foi ganhador do Prêmio Nobel por ter descoberto ao lado de Francis Crick, em 1953, a estrutura do DNA. Para Paim, a declaração foi desastrosa e um fato lamentável.

- É um voto de indignação e repúdio contra esse prêmio Nobel por essa declaração desastrosa; repúdio de todo o povo brasileiro, não importa etnia, raça ou origem contra um disparate, uma posição absurda - disse.

Várias manifestações de cientistas e políticos foram lidas por Paim, como a declaração do geneticista brasileiro Sérgio Pena, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o qual disse que "a genética tem demonstrado que raças humanas não existem", ou que "somos todos africanos do ponto de vista evolucionário", já que os humanos surgiram no continente africano. O Congresso norte-americano também aprovou moção de repúdio pela infeliz declaração.

Em aparte, o senador Gerson Camata (PMDB-ES) concordou com a opinião do geneticista de que Watson "está gagá".

Paulo Paim também comemorou a aprovação de dois projetos: o PLC 76/07, que concede benefícios fiscais a produtores e exportadores prejudicados pela valorização do real frente ao dólar e a outras moedas, aprovado na quarta-feira (17) em Plenário; e o PLS 281/05, aprovado pela Comissão de Diretos Humanos e Legislação Participativa (CDH), que estende para seis meses o prazo da licença-maternidade.

Em aparte, o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) pediu que os benefícios do PLC 76 sejam estendidos a mais categorias e o senador Geraldo Mesquita (PMDB-AC) afirmou que o acréscimo de dois meses para a mãe ficar como o bebê recém-nascido salvará muitas vidas.



18/10/2007

Agência Senado


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