Paim defende desenvolvimento sustentável na ótica dos direitos humanos
Em discurso no Plenário nesta segunda-feira (5), o senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu o desenvolvimento sustentável sob a ótica dos direitos humanos. De acordo com Paim, é urgente a necessidade de articular o desenvolvimento no sentido mais amplo, com base nos direitos humanos.
O senador afirmou que o desenvolvimento humano deve ir além dos aspectos econômicos. Paim disse que o conceito, hoje, se incorpora ao discurso humanista, com a ideia de melhorar a qualidade de vida de todos. Ele afirmou que essa noção de sustentabilidade tem se tornado central no debate sobre desenvolvimento.
- Desenvolvimento, sim! Mas na ótica dos direitos humanos – disse.
O desenvolvimento sustentável, ressaltou o senador, tem a ver com o uso dos recursos materiais de que o ser humano dispõe. Ele deu o exemplo do petróleo, que é um recurso limitado, e acrescentou que a preocupação com a desigualdade e com as gerações futuras também precisa estar presente no debate sobre o desenvolvimento
- A forma de administrar os recursos naturais hoje vai influenciar na qualidade de vida das futuras gerações – alertou.
Na visão de Paim, o desenvolvimento precisa se aliar com o ambiente saudável, com a justiça, com políticas de inclusão e com o combate à pobreza. O senador declarou que o desenvolvimento correto precisa ser construído social e politicamente e condenou o modelo de busca de desenvolvimento que degrada o meio ambiente e não combate a pobreza. O senador ainda criticou a cultura do consumismo e defendeu maior participação popular na construção política do desenvolvimento.
- O objetivo é buscar o desenvolvimento que elimine a pobreza e ajude a promover os direitos humanos – afirmou o senador.
Em aparte, o senador Wellington Dias (PT-PI) elogiou o pronunciamento do colega, a quem chamou de “professor” e “orgulho do Senado Federal”. Para Wellington, é preciso lembrar a “essência da vida” e o que realmente é necessário para a qualidade de vida do ser humano. Ele lembrou que o papa Francisco, em recente visita ao Brasil, criticou a concentração de renda e pediu mais atenção com os pobres.
Estatuto da Juventude
Paim também comemorou a sanção, pela presidente Dilma Rousseff, da lei do Estatuto da Juventude. Paim disse que o evento, que ocorreu mais cedo no Palácio do Planalto, contou com a participação de vários segmentos da sociedade que colaboraram na articulação e na aprovação do projeto. O senador, que foi um dos relatores do projeto no Senado, classificou a sanção como um “momento histórico” e o estatuto como “fruto de uma construção coletiva”. Ele ainda lembrou que a presidente Dilma foi uma manifestante na época de juventude, quando chegou a ser presa.
- A sanção é um momento de festa, de muita alegria para todos nós – disse o senador.
Aprovado pelo Senado no último mês de abril, o estatuto (PLC 98/2011) trata de direitos da população jovem, que hoje alcança cerca de 51 milhões de pessoas com idade entre 15 e 29 anos. O texto estabelece que direitos já previstos em lei – como educação, trabalho, saúde e cultura – sejam aprofundados para atender às necessidades específicas dos jovens.
05/08/2013
Agência Senado
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