Em debate, direitos humanos e movimentos sociais sob a ótica de Florestan Fernandes
Começou por volta das 9h desta segunda-feira (8), audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) em homenagem ao sociólogo e político brasileiro Florestan Fernandes, morto aos 75 anos no dia 10 de agosto de 1995 - há 16 anos, portanto. O presidente da comissão, senador Paulo Paim (PT-RS), debaterá com alguns convidados a situação dos movimentos sociais e dos direitos humanos sob a perspectiva da sociologia de Florestan.
Florestan é considerado um dos principais sociólogos brasileiros. Atuou também como deputado federal, pelo PT de São Paulo, e integrou a Assembleia Nacional Constituinte que elaborou a Carta de 1988.
Seu compromisso com a defesa da população desfavorecida foi marcante não só nos foros acadêmicos e políticos, mas igualmente no comportamento diário do sociólogo. Avesso a privilégios, Florentan Fernandes fazia questão de enfrentar filas nos hospitais públicos sempre que precisava de tratamento, apesar da idade avançada, segundo depoimento do jornalista Florestan Fernandes Filho, convidado para o debate desta segunda.
Foram chamados a participar também Ricardo Nerbas, representante do Projeto Cantando as Diferenças; Haroldo Ceravolo Sereza, autor do livro Florestan, a Inteligência Militante; Edilson Nabarro, secretário de Assistência Estudantil da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; e Moises Bauer, presidente do Conselho Nacional da Pessoa com Deficiência (Conad).
Além deles, poderão comparecer ainda ao debate Ricardo Antunes de Abreu, presidente da Federação Nacional dos Sociólogos; Arthur Trindade Maranhão Costa, professor-diretor da Faculdade de Sociologia da Universidade de Brasília; Carlos Eduardo Ferrari, presidente Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS); e um representante da coordenação da Escola Nacional Florestan Fernandes, centro de educação e formação idealizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
A audiência pública está sendo realizada na sala 2 da ala Nilo Coelho.Elina Rodrigues Pozzebom, Ricardo Koiti e Nelson Oliveira / Agência Senado
08/08/2011
Agência Senado
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