Paim defende proibição da venda de bebidas alcoólicas na Copa do Mundo



O senador Paulo Paim (PT-RS) defendeu, nesta quarta-feira (9), a proibição do consumo e da venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante a Copa do Mundo de 2014. A questão é uma das mais polêmicas da Lei Geral da Copa (PLC 10/2012), pronta para votação no Plenário do Senado.

– Eu não gostaria que vendessem bebidas alcoólicas nos estádios. Tenho experiências do quanto o álcool faz mal. Para mim, é uma droga lícita - opinou Paulo Paim.

No pronunciamento, o senador leu um documento entregue pela Comissão Permanente de Adoção de Medidas de Combate a Violência nos Estádios de Futebol do Conselho Nacional de Procuradores Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG), que defende a restrição de álcool dentro dos estádios.

No documento, os procuradores lembram que a proibição foi uma medida conjunta dos ministérios públicos estaduais, do CNPG e da CBF, em abril de 2008, para diminuir o número de ocorrências de violência nos jogos de futebol.

Segundo o documento lido pelo senador, dois anos após a restrição se verificava significativa redução da violência nos estádios. Diante disso, os procuradores, relatou Paim, acompanham com perplexidade as discussões promovidas no Congresso Nacional, que priorizam a visão econômica, em detrimento da segurança dos torcedores.

Ainda citando o texto entregue pelos procuradores, Paim disse que países como Estados Unidos, Itália, Japão, Coréia e França, quando sediaram Copas do Mundo, respeitaram a restrição à bebida alcoólica dentro dos estádios.

Cotas sociais

 

Paulo Paim também criticou a demora no exame e votação de projetos no Congresso Nacional. Nesta quarta-feira, houve manifestação em frente à sala da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), cobrando a votação da Proposta de Lei da Câmara (PLC 180/08), que reserva 50% das vagas das universidades públicas e escolas técnicas federais para alunos de escolas públicas.

Segundo o senador, em conversa com o presidente da CCJ, Eunício Oliveira (PMDB-CE), foi ajustado que a proposta pode ser votada na próxima semana.

O senador alertou que, nos casos de demora do Congresso Nacional em legislar, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem intervido, para suprir a lacuna legislativa.

– Quando o Congresso não decide, que bom que o Supremo decida a favor dos trabalhadores. Falo aqui da bioética, do direito homoafetivo, da regulamentação do aviso prévio, da aposentadoria, do piso dos professores, da alta programada, do adicional de insalubridade, do direito de greve, da aposentadoria especial, Ficha Limpa, fidelidade partidária, limite de vereadores – citou Paim.



09/05/2012

Agência Senado


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