Paim defende votação de PPP apenas em agosto



O senador Paulo Paim (PT-RS) questionou o fato de o governo estar se mobilizando para aprovar com rapidez matérias de conteúdo econômico de seu interesse antes do recesso de julho, que deverá começar a partir da próxima semana. Segundo o senador, o governo pretende aprovar o projeto das parcerias público-privadas (PPPs), que não foi devidamente discutido. Paim sugeriu que as PPPs comecem a ser discutidas somente em agosto.
O Plenário inicia nesta terça-feira (6) esforço concentrado até a próxima quinta-feira (8), para deliberar sobre matérias como a nova Lei de Falências e discutir itens relativos à reforma do Judiciário, entre outros. Ao questionar a pressa do governo em aprovar matérias econômicas tão importantes em tão pouco tempo, Paim lembrou que até agora o governo não se mobilizou para discutir e votar a proposta de emenda à Constituição paralela – que altera a reforma da Previdência aprovada em dezembro de 2003, cujos pontos polêmicos ficaram para ser revistos posteriormente por meio da emenda paralela. Paim garantiu que irá cobrar definição sobre o assunto em reunião com os líderes nesta segunda-feira (5).

Argentina

Em seu discurso, o senador pelo Rio Grande do Sul também comparou o progresso econômico da Argentina em relação ao Brasil no espaço de um ano, período em que aquele país vizinho saiu de uma grave crise para alcançar estabilidade. Ele abordou reportagem da revista IstoÉ Dinheiro para realçar seu pronunciamento, e pediu que as autoridades do setor econômico do governo reflitam sobre o modelo adotado pelos argentinos para sair da situação negativa de 2003.

A seu ver, ao contrário da Argentina, o Brasil ainda não atacou seus problemas estruturais, tais como a vinculação de receitas orçamentárias às exigências do Fundo Monetário Internacional (FMI) e as altas taxas de juros. Ele comentou ainda que o governo argentino pregou e buscou pagar sua dívida pública com crescimento e “não com o sacrifício do povo”, conforme garantira o presidente da República Argentina, Néstor Kirchner, ao tomar posse.



05/07/2004

Agência Senado


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