Paim destaca Carta de Porto Alegre e defende pacto federativo mais favorável à Região Sul




O senador Paulo Paim (PT-RS) destacou em Plenário, nesta terça-feira (3), a Carta de Porto Alegre, que propõe um pacto federativo mais favorável à região, que tem sido "excluída do processo de industrialização que está avançando no país." O documento foi assinado por representantes de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul no Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul (Codesul).

Os estados do Sul, observou o senador, recebem investimentos em volume inferior às riquezas que geram, em consequência de repasses desequilibrados dos recursos da União. Paim elogiou o Codesul, por sua importância na defesa dos interesses dos estados-membros, destacou a recente posse do governador gaúcho, Tarso Genro, empossado como presidente da entidade.

Paim também ressaltou a importância do Codesul no fortalecimento da integração com os países vizinhos. A senadora Ana Amélia (PP-RS) lembrou a "afinidade econômica regional" com os países do Mercosul, lembrou o déficit comercial do Rio Grande do Sul e protestou contra as barreiras comerciais impostas pela Argentina, que têm causado desemprego em seu estado.

Complementando a homenagem ao Codesul, Paulo Paim mencionou os 50 anos do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) por seu estímulo aos negócios na região, com especial atenção a pequenas e médias empresas e a pequenos produtores rurais. Apenas em 2010, segundo o senador, o BRDE possibilitou investimentos que geram R$ 236,3 milhões em ICMS adicional aos quatro estados atendidos, além de 51,4 mil postos de trabalho.

O senador Casildo Maldaner (PMDB-SC), em aparte, somou-se à homenagem ao BRDE.

Imprensa

Paulo Paim também fez homenagem aos jornalistas no Dia Internacional da Liberdade de Imprensa, ressaltando o aumento das restrições à atividade jornalística em todo o mundo, e lamentou que "de cada seis pessoas no planeta, apenas uma vive com imprensa totalmente livre".

Ele mencionou os riscos da profissão na América Latina, lembrando 31 jornalistas mortos na região no ano passado, e a importância da informação livre nos recentes protestos no Oriente Médio.



03/05/2011

Agência Senado


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