Paim divulga os dez mandamentos para o trânsito
O senador Paulo Paim (PT-RS) divulgou em Plenário os dez mandamentos para o trânsito, publicados pela Igreja Católica em junho último. Para o senador, "é importante encampar a luta, para mobilizar ânimos e afugentar a banalidade da violência". Destacou que, a exemplo dos mandamentos originais, transmitidos por Deus a Moisés, o primeiro é "não matarás".
O parlamentar enfatizou que os mortos e feridos nos acidentes de trânsito já representam uma grave epidemia. No Brasil, é uma das principais causas de óbito: dados do Ministério da Saúde apontam para 36 mil mortos no ano passado, com 23 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS). Esses mortos, afirmou, equivalem a duas vezes o número de vítimas fatais nos conflitos do Iraque. No mundo inteiro, segundo a Organização Mundial de Saúde, morrem no transito anualmente cerca de 1,2 milhão de pessoas. A cada minuto, são duas mortes.
- Durante o breve tempo de meu discurso, mais de 30 pessoas terão morrido, um terço delas composto de jovens entre 10 e 24 anos. Mais de uma centena terão seqüelas - afirmou Paim.
O senador citou outros mandamentos, como o que diz que as estradas servem para ligar os homens, não para separá-los; e o que diz para ajudar o próximo, principalmente se ele for vítima de um acidente.
Paim afirmou que "o silêncio que cobre toda essa violência tem de parar e começa pela recuperação de nossas estradas". Ele defendeu a melhoria dos transportes públicos no Brasil e uma fortificação do modal ferroviário, com a construção de trens de alta velocidade a ligar os principais centros urbanos do país, a começar por uma linha entre o Rio de Janeiro e São Paulo.
Paim entregou à mesa dois outros pronunciamentos: o primeiro faz "uma crítica muito dura à situação das estradas no Brasil e à cobrança de pedágios, que chegam a atingir 30% do custo final do frete"; e, no segundo, o parlamentar se solidariza com a luta dos servidores públicos em todo o país, defendendo o direito de greve, com limites. Paim falou ainda de palestra proferida na Universidade Luterana do Brasil, durante evento em homenagem ao falecido deputado Florestan Fernandes, na qual falou da importância do combate a todo tipo de discriminação.
16/08/2007
Agência Senado
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