Paim diz que, com sua morte, Brizola protestou contra um salário menor



Em tom emocionado, o vice-presidente do Senado, Paulo Paim (PT-RS), disse nesta terça-feira (22), que Leonel Brizola, com sua morte no dia anterior àquele em que a Câmara dos Deputados poderia fixar um salário mínimo menor do que o aprovado no Senado, fez mais um protesto em defesa dos direitos dos trabalhadores.

- É como se ele quisesse dizer mesmo morrendo: "Eu quero um salário melhor para o povo" - acrescentou o senador, afirmando que Brasil parou hoje para homenagear um dos políticos mais ilustres do país.

Paim relatou as influências que o líder gaúcho deixou em sua vida política, dizendo que Getúlio Vargas, o criador do salário mínimo, legou a Brizola a continuidade da sua obra. Ele ressaltou que Brizola soube mobilizar as classes trabalhadoras -para o arrepio das elites-, sabendo como ninguém interpretar as aspirações do trabalhador brasileiro.

O senador lembrou que esteve mais em contato com Brizola nos últimos dois anos quando conversaram sobre a reforma da Previdência e sobre o salário mínimo. Em uma das visitas ao seu gabinete, Brizola teria dito: -Temos que conversar muito. Este país tem tudo para dar certo-.



22/06/2004

Agência Senado


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