Paim diz que Senado exigirá de empresas contratadas cotas para deficientes
Vice-presidente do Senado no exercício da Presidência, o senador Paulo Paim (PT-RS) informou nesta terça-feira (28) que, na próxima reunião da Mesa, junto com o senador Flávio Arns (PT-PR), apresentará proposição exigindo de toda empresa que faça contrato com a Casa o preenchimento de cotas destinadas a deficientes.
- Ou seja, toda empresa, não importa se nacional ou estrangeira, se pequena, média ou grande, para ter contrato com o Senado, vai ter que, em primeiro lugar, mostrar que tem contratado, em seus quadros, um número determinado de pessoas portadoras de deficiência. Já conversei com os membros da Mesa e a possibilidade de aprovação dessa exigência é de 90% - afirmou o parlamentar.
Paim fez essa declaração ao participar da abertura da mostra Crer para Ver, uma exposição de esculturas de 15 alunos cegos da Oficina de Artes do Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais, de Brasília (DF).
Realizado no Anexo I do Senado, numa iniciativa da Subsecretaria de Relações Públicas, o evento foi presidido pelo senador Flávio Arns, presidente da Subcomissão de Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais e contou com a presença dos artistas.
Na abertura da exposição, Flávio Arns viu nos trabalhos uma demonstração de aptidão e talento artístico e uma demanda por oportunidades de inserção no mercado de trabalho. Ele também disse que, por meio daquelas obras, os artistas estavam mostrando garra, talento, esforço e desejo de independência e liberdade.
- Que esse seja mais um passo para demonstrar o compromisso do Senado com a cidadania - disse Arns.
Já o presidente do Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais, professor Airton Dutra de Farias, disse que, por intermédio da arte, a pessoa portadora de deficiência visual mostra sua capacidade e sua aptidão para ser inserida no tecido social.
A mostra reúne peças como figuras humanas, máscaras, anjos, flores e pratos, todas esculpidas no barro, e estarão expostas até o dia 7 de novembro. O objetivo dos artistas que as realizaram é provar que deficiência não é sinônimo de incapacidade.
28/10/2003
Agência Senado
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