Paim vê inspiração para o Brasil na visita de Obama
O senador Paulo Paim (PT-RS) disse nesta segunda-feira (21) que a visita do presidente norte-americano Barack Obama ao Brasil é "uma "inspiração para a nova concepção de país que estamos construindo". Para ele, a "nova política externa" iniciada por Lula e encaminhada pela presidente Dilma Rousseff, está num "patamar avançadíssimo de concretização de relações e de abertura de novas parcerias".
- Se antes tínhamos simplesmente relações ideológicas, hoje estamos além da econômica, centrados e com o horizonte nas relações humanas e nos direitos dos homens - avaliou.
Dentre as transformações que o Brasil estaria vivendo, Paim destacou a inclusão social, o aprofundamento da democracia, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e, na economia, a realização do que chamou de "dever de casa". Para o senador, a visita de Obama é uma demonstração de reconhecimento a essas transformações.
- É fato que estamos corrigindo rumos, aperfeiçoando relações e estabelecendo novos avanços, com a presença do governo norte-americano no Brasil - afirmou.
Paim também destacou a atuação "firme, cordial e sem pretensão" da presidente Dilma. Ele ainda salientou que, em relação aos direitos humanos, não quer que Obama faça em dois, quatro cinco ou dez anos o que os outros não fizeram durante séculos. O senador disse que gostaria muito que o governo Obama desse encaminhamento a algumas metas anunciadas durante a campanha eleitoral.
- Sou um otimista. Gostaria de ver a questão de Guantánamo resolvida, bem como o fim do embargo a Cuba - disse o senador.
Paim também citou entre as questões que gostaria de ver resolvidas pelo governo americano a ratificação da Convenção Americana de Direitos Humanos, do Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, da Convenção sobre a Proibição de Minas Antipessoal, das Convenções das Nações Unidas sobre os Direitos das Crianças e de Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher.
Em aparte, o senador Wellington Dias (PT-PI) concordou com Paim em relação às cobranças que são feitas ao presidente Obama, que não poderia fazer tudo o que os seus antecessores também não fizeram.
21/03/2011
Agência Senado
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