País deu salto de 1,100% na formação de doutores em 20 anos
Nos últimos 20 anos, o Brasil deu um salto na formação de doutores, de mil para 12 mil por ano. A informação foi dada nesta quinta-feira (15), pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, em exposição sobre as prioridades estratégicas e os desafios relacionados ao setor, durante o ciclo de palestras da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE).
“Isso dá ao Brasil uma enorme capacidade em quase todas as áreas do conhecimento. O resultado desta ação contínua de ciência e tecnologia costuma deixar as pessoas e os estrangeiros espantados”, disse o ministro ao informar que o Brasil tem hoje cerca de 40 mil doutores.
Durante a palestra, um panorama quantitativo referente às instituições de tecnologia, ciência e pesquisa foi apresentado pelo ministro e, segundo os indicativos, existem atualmente 77 universidades federais com cerca de 40 mil doutores, 39 estaduais com aproximadamente 24 mil doutores e seis municipais com mais de 15 doutores.
Já os institutos tecnológicos e centros de pesquisa, no que se refere ao âmbito federal, possuem 24 unidades com 4 mil pesquisadores. As instituições estaduais dispõem de 31 instalações com cerca de 3 mil doutores.
Os dados do Ministério da Ciência e Tecnologia mostraram ainda que o número de mestres passou de 4 mil para aproximadamente 40 mil. Além disso, existem 230 universidades federais em todos os estados e também no interior do país. “Isso vai causar um efeito fenomenal nos próximos anos”
Rezende dividiu as ações da pasta em áreas prioritárias e destacou a necessidade de expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia, formação de recursos humanos, apoio à infraestrutura e fomento da pesquisa científica e tecnológica, apoio financeiro para inovação tecnológica das empresas, disponibilização de tecnologia para a inovação das empresas e o fornecimento de subsídios para a criação de novas empresas de tecnologia.
Entre os desafios do setor, o ministro falou sobre a dificuldade em fazer com que as agências de financiamento e as fundações de apoio à pesquisa tenham uma atuação articulada para contribuir com o sistema em todas em todos os níveis. De acordo com o ministro, a articulação dos institutos de pesquisa com as empresas é extremamente importante para estimular a inovação dessas instituições em conjunto com o sistema de pesquisa.
A exposição do ministro Sérgio Rezende foi direcionada à equipe técnica da SAE e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O ciclo de palestras de ministros de Estado organizado pelo ministro chefe da SAE, Samuel Pinheiro Guimarães, tem como objetivo fornecer subsídios aos técnicos e gestores na elaboração do Plano Brasil 2022. A formulação do plano conta com a participação dos funcionários da SAE, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (IPC-IG).
Fonte:
Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE)
15/04/2010 20:23
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