País pode ganhar Plano Nacional de Cultura



Com base em relatório do senador Marcelo Crivella (PL-RJ), a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou nesta quarta-feira (3) parecer favorável à proposta de emenda à Constituição (PEC 57/2003) que determina a instituição de um Plano Nacional de Cultura para o país. O plano, que será plurianual, deverá integrar as ações do Poder Público para o setor. A proposta segue para o Plenário e, como já foi votada pela Câmara, se for aprovada pelos senadores estará pronta para ser promulgada.

As iniciativas do Estado a que se refere a PEC visam à defesa e valorização do patrimônio cultural; à produção, promoção e difusão de bens culturais; à formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura; à democratização do acesso aos bens culturais; e à valorização da diversidade étnica e regional.

- Não obstante os avanços, o texto constitucional não incorporou um plano nacional para a cultura, a exemplo do que ocorre com a educação. Essa ausência de reconhecimento encontra-se refletida nos ínfimos recursos orçamentários destinados ao setor. A iniciativa contribuirá para a criação de condições para um planejamento de ordem geral, ao otimizar a integração das ações existentes e proteger o setor contra a ineficaz pulverização dos parcos recursos, distribuindo-os de forma mais equânime e democrática - afirmou Crivella.

TRABALHO ESCRAVO

Pedido de vista coletiva liderado pelo senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) adiou para a próxima semana a análise do projeto de lei (PLS 208/2003) do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que regulamenta o trabalho rural, de forma a coibir o trabalho escravo. A proposta acrescenta dispositivos ao Código Penal de forma a prever expressamente a hipótese do trabalho escravo como crime.

O relator da matéria, senador César Borges (PFL-BA), apresentou seu relatório e parabenizou o senador Jereissati pela iniciativa. De seis emendas apresentadas por Valadares, César Borges acatou três, além de outras duas apresentadas pela liderança do governo. Ele convidou Valadares a trabalhar o relatório em conjunto, para que o país possa ter uma "legislação à altura para combater esse problema nefasto".

- O projeto propõe uma tutela penal mais rigorosa sobre o trabalho escravo. A prática afronta os valores e conquistas sociais e demanda, por ser altamente reprovável e pelo desprezo pela dignidade da pessoa humana - afirma César Borges em seu relatório.



03/03/2004

Agência Senado


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