"País precisa de candidatos que apresentem propostas diferentes para o Brasil do futuro", diz Cristovam



O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) afirmou, nesta terça-feira (30), que percebe, na monopolização do debate da disputa presidencial pelos dois principais candidatos, a ausência de propostas concretas sobre o futuro do país e o enfrentamento dos problemas fundamentais, como a desigualdade, a violência e a corrupção. Para Cristovam, há "dois grandes pólos de iguais", e nenhum deles toca no ponto principal: "que Brasil queremos, como construí-lo e como romper com nossas amarras".

- O eleitor precisa escolher que futuro quer, mas não estamos vendo as propostas de futuro sendo trazidas para o debate - constatou.

Por outro lado, Cristovam também disse acreditar que essas propostas para o futuro não podem estar "desligadas do presente". Para ele, os programas de emancipação não podem ficar "soltos no ar", mas devem estar sempre vinculados à realidade.

- O Brasil do futuro tem amarras no presente que dificultam nossa caminhada. É preciso reconhecer essas amarras, e elas devem ser administradas com cuidado, para que saibamos aonde ir e como chegar lá. É a combinação do futuro com o presente, do sonho com a realidade, da utopia com a aritmética - propôs.

Cristovam foi cumprimentado pelos senadores Ramez Tebet (PMDB-MS), Eduardo Suplicy (PT-SP) e Arthur Virgílio (PSDB-AM).

30/05/2006

Agência Senado


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