Cristovam lamenta que candidatos não apresentem um novo projeto para o Brasil
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) lamentou em Plenário que a disputa pela Presidência da República, em 2010, se esteja consolidando em um plebiscito entre duas propostas muito parecidas. A seu ver, nem a ministra Dilma Rousseff, nem o governador José Serra, os possíveis candidatos, representam uma postura nova em relação ao Brasil, ou mesmo um novo projeto de país.
- Não há dúvidas de que é um projeto muito melhor do que o que tínhamos vinte anos atrás - disse Cristovam. - Um projeto que tem responsabilidade fiscal e uma rede de proteção social muito melhor que antes, mas não diferente.
Cristovam Buarque afirmou também que caberia ao Senado propor novas visões para o futuro do Brasil. Ele comentou que essa é a primeira vez, em muitas eleições, que não há nenhum senador candidato a presidente da República. A seu ver, isso empobrece o debate, pois impede que um número maior de ideias sejam discutidas por todos os setores da sociedade.
O senador acredita que o Brasil precisa passar por uma verdadeira revolução, que traga modificações estruturais para o país. "Uma revolução sem ruptura, no social", explicou ele. Cristovam elencou alguns dos pontos que ele considera fundamentais para essa revolução, e que deveriam constar da agenda dos candidatos à Presidência do país.
O primeiro ponto se refere à reforma política, com o fim da reeleição, criação de um fundo partidário para o financiamento público das campanhas eleitorais e, até mesmo, uma limitação no número de reeleição para os parlamentares. No campo econômico, Cristovam defendeu que os candidatos se comprometam com a garantia de uma política econômica que vise a geração de empregos, comprometida com o equilíbrio ecológico e voltada para a produção de bens de alta tecnologia.
- Essa reorientação da economia não está aparecendo no debate dos dois candidatos que, plebiscitariamente, querem decidir qual vai ser o futuro presidente ou a futura presidenta do Brasil - disse o senador.
Cristovam Buarque ressaltou ainda a necessidade de se fazer uma revolução idêntica na educação brasileira. Ele insistiu que isso não será feito com uma reforma universitária. Em sua opinião, é preciso, primeiro, cuidar-se da pré-escola, o que irá garantir, mais tarde, o acesso ao ensino universitário.
- Os dois candidatos que querem disputar o plebiscito para ver quem vai ser presidente, vão discutir mais quem conseguirá explorar o pré-sal, do que quem vai conseguir implantar uma pré-escola - afirmou Cristovam Buarque.
15/06/2009
Agência Senado
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