Papaléo cobra ações de combate à dengue
Em pronunciamento nesta terça-feira (9), em Plenário, o senador Papaléo Paes (PSDB-AP) lamentou o ressurgimento dos casos de dengue no país e disse que a enfermidade atualmente atinge todas as regiões, sobretudo os estados do Centro-Oeste e do Norte. O senador cobrou do governo ações efetivas de combate à doença e a promoção de campanhas permanentes de esclarecimento da sociedade. Segundo ele, a alta densidade populacional, o saneamento insuficiente, o tratamento precário do lixo e a produção excessiva de materiais recicláveis contribuem para o avanço da dengue no Brasil, entre outros fatores.
Citando números do Ministério da Saúde publicados em setembro, Papaléo ressaltou que nos sete primeiros meses de 2007 foram registrados 98 óbitos dentro de um grupo de quase 500 mil infectados. Em comparação com mesmo período de 2006, o número de registros cresceu 45%. Só em São Paulo, o número cresceu 24% em relação ao ano passado, configurando o maior surto da história.
Papaléo explicou que os dados de vigilância epidemiológica mostram que as epidemias se desenvolvem em regiões metropolitanas, disseminando-se para as cidades-pólos e, destas, para os municípios de suas respectivas regiões geoeconômicas. Ainda na avaliação do senador, a insuficiência de recursos financeiros e humanos para as ações de saúde e saneamento contribuem para o avanço da dengue no Brasil.
- Em vista disso, prevê-se que, a manterem-se as condições atuais, teremos de conviver com a doença por, no mínimo, outros 30 anos - lamentou.
Papaléo também cobrou a proposição de instrumentos legais que permitam a atuação "eficaz e efetiva" dos agentes comunitários de saúde, ao lembrar que, no Rio de Janeiro, os encarregados de combater o mosquito da dengue não têm acesso a "30% ou 40% dos domicílios", por se encontrarem fechados ou por não obterem autorização do morador para visitação.
O senador afirmou que se o governo alocasse mais recursos à saúde, cumprindo a destinação legal da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF), "se resguardaria de críticas ácidas e pertinentes às quais fica permanentemente exposto".
09/10/2007
Agência Senado
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