Papaléo defende ação do governo contra empresas poluidoras



O governo deve coibir empresas poluidoras do meio ambiente, que não podem mais abdicar de sua responsabilidade social, defendeu o senador Papaléo Paes (PMDB-AP), constatando que os acidentes ambientais tornaram-se rotina.

Papaléo salientou que é muito mais caro corrigir do que prevenir, pois geralmente a recuperação de recursos naturais é muito difícil, quando não praticamente impossível. As multas previstas na Lei de Crimes Ambientais, assim, têm a função de incentivar as empresas a melhorarem seus equipamentos e transformarem-se em unidades de produção que não agridam o meio ambiente.

O senador comentou duas grandes tragédias ambientais ocorridas recentemente: o rompimento do reservatório de detritos da Indústria Cataguazes de Papéis, que despejou 1,2 bilhão de litros de substâncias tóxicas nos rios Pomba e Paraíba do Sul; e o acidente causado pelo descarrilamento de 18 vagões que transportavam produtos químicos, em Uberaba. No primeiro caso, a empresa foi multada em R$ 50 milhões, no segundo, a Ferrovia Centro-Atlântica, responsável pelo acidente, foi multada em R$ 10 milhões.

Papaléo explicou que os valores arrecadados com essas multas são destinados ao Fundo Nacional do Meio Ambiente, aos fundos estaduais ou municipais de meio ambiente ou correlatos. O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), apesar de contar com pequeno número de fiscais, aplicou multas no valor de R$ 784 milhões no ano 2000, relativos a mais de 20 mil autos de infração.

Mesmo assim, comentou o senador, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, considera que há um passivo ambiental muito grande. Ele também elogiou iniciativa do ministério, que, conjuntamente com o Ibama, está preparando um Sistema Integrado de Prevenção e Combate aos Danos Ambientais.



08/08/2003

Agência Senado


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