Papaléo diz que 'bomba econômica' será jogada no colo de Dilma
O senador Papaléo Paes (PSDB-AP) disse nesta segunda-feira (29) que a presidente eleita Dilma Rousseff precisa ter bom senso e acabar com "os aloprados" que continuem no governo, pois uma "bomba econômica" será jogada em seu colo no dia 1º de janeiro. Segundo ele, essa "bomba" seria a real situação econômica brasileira, que teria sido escondida durante a campanha eleitoral para não explodir agora e prejudicar a popularidade do presidente Lula.
- Já querem comprar o AeroDilma, que deve custar cinco vezes mais do que custou o AeroLula. Por quê? Porque o que o outro usou a gente não deve usar porque pode dar azar. Enquanto estamos lutando pela observância das ações do governo na área social, principalmente, os aloprados estão pensando em comprar um avião muito mais moderno e cinco vezes mais caro do que custou o avião que servia e que serve ao presidente da República - denunciou.
Papaléo defendeu reajustes reais para os aposentados e lembrou a promessa do então candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra, de conceder 10% de reajuste aos aposentados e pensionista e aumentar o salário mínimo para R$ 600. O senador também defendeu a extinção de pelo menos 20 mil cargos de confiança com altos salários criados no governo Lula.
- O governo Lula não fez privatizações evidentes, ele privatizou o próprio governo. Como? Criando milhares de cargos públicos e ministérios para atender aos companheiros do Partido dos Trabalhadores e os aliados do governo. Se vamos ter austeridade, vamos começar dentro de casa. O sacrifício não deve ser de uns, mas sim de todos - afirmou.
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) disse, em aparte, que o governo anunciou política fiscal mais rigorosa e promete que vai cortar gastos, sendo impossível dar aumentos de salários aos policiais e reajuste aos aposentados, mas, "de outro lado vê a gastança desnecessária".
- De um lado falam em dificuldades e em economia, mas de outro vem a gastança desnecessária; já falam em comprar o Aerodilma. Isso é uma afronta à pobreza do país - disse o senador.
O senador Paulo Paim (PT-RS) lembrou a participação de José Serra, Fernando Henrique Cardoso e Papaléo nas conquistas de reajustes reais para o salário mínimo.
Papaléo também manifestou seu apoio á regulamentação da profissão de instrumentador cirúrgico, técnico que atua na mesa cirúrgica junto ao médico-cirurgião durante a intervenção, passando-lhe tudo de que ele necessita, no momento em que o solicita, com exatidão e presteza.
29/11/2010
Agência Senado
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