Papaléo diz que governo federal é negligente na prevenção e controle da malária, dengue e outras doenças



Primeiro senador a discursar nesta segunda-feira (21), o senador Papaléo Paes (PSDB-AP) afirmou que doenças como malária e dengue continuam matando pessoas no Brasil, principalmente na Região Norte. Ele disse que o governo federal e as autoridades sanitárias são negligentes na prevenção e controle dessas doenças. De acordo com o senador, a malária atinge principalmente os estados do Acre, Amapá, Maranhão, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

- A malária continua sendo uma doença séria e que tem sido negligenciada pelas autoridades sanitárias. As autoridades do governo federal não têm dado a devida atenção à região Norte do Brasil, principalmente na área da saúde pública e, especificamente, em relação às doenças endêmicas ligadas ao clima - disse.

Papaléo, que é médico, citou estudo divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) - Mudança Climática e Saúde Humana - Riscos e Respostas, mostrando que as mudanças climáticas estão aumentando a disseminação de doenças como a dengue. Para o senador, esse é um dado que deve ser levado em consideração pelas autoridades para o combate a moléstias.

- Não há dúvida de que a mudança no clima mundial produz influência sobre o funcionamento de muitos ecossistemas, causando impactos deletérios sobre a saúde humana, como o aumento de populações de mosquitos transmissores de doenças - explicou.

Papaléo fez um apelo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no sentido de o governo federal reservar mais investimentos para a Região Norte, principalmente na área de saneamento básico. Ele também reclamou que o Ministério da Saúde não promove campanhas educacionais sobre a prevenção da dengue, febre amarela, malária e leptospirose, por exemplo. O senador sugeriu que o governo federal adote políticas públicas mais "efetivas e imediatas" nas áreas de vigilância epidemiológica, controle e prevenção de doenças.

- O descaso das autoridades do governo federal, o abandono dos hospitais, a falta de medicamentos, de médicos e de equipamentos necessários transforma o direito à saúde, garantido a todos os brasileiros pela Constituição, em um faz-de-conta, em uma tragédia - lamentou Papaléo.



21/09/2009

Agência Senado


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