Governo deve insistir no combate à malária, recomenda Papaléo
O governo deve manter as atuais metas de redução da incidência de malária, garantir os recursos necessários para cumpri-las e buscar alternativas não ortodoxas para o combate à doença, que afetou 48 mil pessoas no país em 2001. As recomendações foram apresentadas pelo senador Papaléo Paes (PMDB-AP), solicitando atenção especial à região Norte, onde são registrados quase todos os casos de malária no país. - Somente com ações convergentes, afirmativas e ousadas poderemos, no médio prazo, livrarmo-nos dos terríveis títulos de campeão americano e terceiro colocado mundial em número de casos registrados de malária – afirmou Papaléo. O Programa Nacional de Combate à Malária, segundo lembrou o senador, tem como objetivo a eliminação da transmissão da malária em todas as áreas urbanas das capitais até o final de 2006. Além disso, a Fundação Nacional de Saúde se comprometeu a reduzir a incidência parasitária anual por malária em 25% em 2003 e em 15%, a cada 12 meses, nos anos seguintes ao lançamento do programa. Para que as metas sejam cumpridas, recomendou Papaléo, é preciso que se adote uma atitude mais firme no sentido de se estimularem o diagnóstico e a terapia precoces. Passos concretos nessa direção, afirmou, podem assegurar a redução de óbitos e a contenção da doença. Para o senador, as terapias alternativas abrem também novas perspectivas para o tratamento. Ele observou que o Instituto de Medicina Tropical do Amazonas vem avaliando a eficiência de extratos de plantas regionais, no que classificou de “inteligente conciliação dos conhecimentos popular e científico”. - A estratégia adquire ainda mais sentido quando se acena com o fato de os modos convencionais de combate à malária estarem na iminência de alcançarem seu limite. Pesquisadores e estudiosos na região amazônica revelam que os mosquitos transmissores da doença estão criando notória resistência a inseticidas - alertou Papaléo.
19/08/2004
Agência Senado
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