Papaléo diz que governo subestimou o Senado e que saúde precisa de recursos permanentes



O senador Papaléo Paes (PSDB-AP) disse nesta segunda-feira (17) que a área da saúde precisa de recursos permanentes, que só poderão ser garantidos por meio da regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, e que o governo subestimou o Senado na votação da prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

- Tanto é que o governo não conseguiu recuperar nenhum voto perdido da sua base - assinalou.

Papaléo disse que a saúde não pode viver na expectativa da prorrogação ou não de um imposto provisório. O senador leu um artigo publicado no domingo (16) no jornal paraense O Liberal, em que o jornalista Augusto Nunes lembra que o presidente Lula sabia, há dois anos, quando ocorreu a última prorrogação, que a CPMF tinha prazo de validade e caso fosse realmente um estadista teria se preparado para o seu fim.

- Foi a derrota da irresponsabilidade, da arrogância, da improvisação, da esperteza e da hipocrisia - resumiu.

O senador Mão Santa (PMDB-PI) reconheceu, em aparte, que no calor da luta em torno da prorrogação da CPMF houve excessos verbais, mas disse que agora é o momento de pensar no futuro. Para exemplificar, ele citou frase do senador Paulo Paim (PT-RS): "o momento deve ser de diálogo e respeito, sem demonizar quem votou contra ou a favor".

O senador Mário Couto (PSDB-PA) disse que a saúde do país está debilitada há muito tempo e que nenhum estado oferece boas condições de atendimento à população neste setor. Ele defendeu a urgente retomada da reforma tributária. O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) disse que o partido ofereceu à bancada uma excelente oportunidade de enfrentar o episódio com transparência em seu debate interno.

- Entre ficar ao lado dos interesses do governo e ao lado dos interesses do povo, o respeito ao povo vem em primeiro lugar - afirmou.

Papaléo ainda lamentou a notícia de que garimpeiros estão trocando meninas índias de até 11 anos de idade por drogas no município de Tucano, na Perimetral Norte, no Amapá, a cerca de 220 quilômetros da capital. Segundo o senador, os garimpeiros tiram as meninas das aldeias e levam para Tucano, onde sofrem todo tipo de abusos e são usadas como moeda de troca.

Paulo Paim, que preside a Comissão de Direitos Humanos (CDH), informou que na reunião desta terça-feira (18) será debatida a exploração de meninos e meninas em presídios e o caso das meninas índias também será analisado. Ele ainda acrescentou que será colocado em votação um requerimento de convocação endereçado à Fundação Nacional do Índio (Funai) para prestar explicações aos senadores.



17/12/2007

Agência Senado


Artigos Relacionados


Papaléo diz que governo subestimou o Senado e que saúde precisa de recursos permanentes

Papaléo diz que governo não precisa da CSS para prover recursos para a saúde

Brasil precisa priorizar investimentos em infraestrutura, saúde e educação, alerta Papaléo

Papaléo: governo precisa agir contra a venda de remédios falsificados

Walter Pinheiro diz que área da saúde precisa de recursos e de estrutura

Papaléo Paes critica redução de recursos para a saúde