Papaléo: governo precisa agir contra a venda de remédios falsificados
Ao citar a estimativa de que 20% a 30% dos medicamentos vendidos no país são falsificados, o senador Papaléo Paes (PSDB-PA) defendeu, nesta quinta-feira (13), que o governo federal adote novas medidas de combate a esse crime. Ele anunciou que solicitará, na próxima reunião da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), uma audiência pública para discutir a questão - que foi tema de reportagem publicada no jornal Correio Braziliense.
- O Brasil está entre os países que mais consomem medicamentos falsificados no mundo - afirmou o parlamentar.
Papaléo destacou ainda que, segundo o Instituto Etco, as "máfias" de remédios falsificados que operam no país movimentam anualmente cerca de US$ 4 bilhões. Também informou que, nos primeiros quatro meses deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apreendeu 170 toneladas de medicamentos falsos - o que, de acordo com ele, equivale a oito vezes o total de apreensões do ano passado.
Entre os remédios mais "pirateados", o senador mencionou os indicados para emagrecimento e disfunção erétil, além daqueles utilizados como anabolizantes.
- E um dos casos mais abomináveis é o da falsificação do Glivec, medicamento destinado a quem tem câncer - ressaltou.
Segundo Papaléo, a internet se tornou o principal meio de venda desses produtos, devido à dificuldade em rastrear e identificar sites que praticam tal comércio, muitas vezes sediados em outros países. Ele observou ainda que "grande parte" dos produtos entram no Brasil pelo Paraguai, para então serem oferecidos na internet, em bancas de camelôs e em farmácias.
- Não há dúvida de que esse comércio está nas mãos do crime organizado - declarou o senador, acrescentando que "a elevada carga tributária do Brasil contribui para o florescimento dessas quadrilhas".
13/08/2009
Agência Senado
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