Papaléo encerra sessão após debate intenso em Plenário



Após quase duas horas de discussões acaloradas em Plenário sobre o mesmo tema, o senador Papaléo Paes (PSDB-AP), na presidência dos trabalhos, encerrou a sessão desta quarta-feira. Os debates começaram quando o senador Tião Viana (PT-AC) cobrou esclarecimentos do senador Alvaro Dias (PSDB-PR) sobre a suspeita, divulgada pelo jornalista Ricardo Noblat em seu blog, de que ele seria o responsável pelo vazamento do dossiê com informações sobre os gastos dos cartões corporativos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e sua esposa Ruth Cardoso.

Alvaro Dias subiu à tribuna e reconheceu ter visto o dossiê, sem deixar claro se teria sido ele a repassar as informações à imprensa. Ele enfatizou, no entanto, que o mais relevante é saber quem montou o dossiê e que esse esclarecimento caberia ao governo fazer.

Os senadores governistas não aceitaram suas explicações e cobraram de Alvaro Dias a identificação da pessoa que lhe mostrou o dossiê - o que o senador se recusou a fazer. A partir daí, governistas e oposicionistas trocaram acusações acerca da responsabilidade sobre a elaboração e sobre o vazamento do dossiê.

Os ânimos se acirraram depois que a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) cobrou a transcrição das notas taquigráficas para averiguar supostas ofensas à ministra Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil, no dia anterior. O senador Mão Santa (PMDB-PI), mesmo sem ser citado, reconheceu ter feito referência genérica a membros do governo, usando trecho do livro Mein Kampf, de Adolf Hitler, em discurso proferido ontem, mas afirmou que não quis se referir especificamente à ministra.



02/04/2008

Agência Senado


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