Papaléo Paes pede prioridade para saúde pública



O senador Papaléo Paes (PMDB-AP) disse nesta segunda-feira (18) que a melhor forma de homenagear os médicos no dia a eles dedicado, 18 de outubro, é priorizando a saúde pública e garantindo a esses profissionais melhores condições de trabalho e remuneração.

- É preciso reaparelhar hospitais e postos de saúde, mas isso não é o bastante. Precisamos assegurar aos médicos do setor público uma política salarial justa, que permita ao profissional trabalhar em regime de dedicação exclusiva, evitando o êxodo para a iniciativa privada.

Na opinião de Papaléo, é assim que se garantirá à população o acesso a uma saúde de qualidade, com profissionais competentes, infra-estrutura adequada e meios avançados de diagnóstico.

O parlamentar destacou também a necessidade premente de uma faculdade de Medicina no Amapá, reconheceu o interesse do governador do estado em criá-la e pediu o empenho do presidente do Conselho Federal de Medicina. Na última campanha eleitoral, vários candidatos se posicionaram em favor dessa faculdade, acrescentou.

De acordo com Papaléo, o número de médicos brasileiros aumentou de pouco mais de 183 mil, em 1996, para quase 235 mil, em 2003. O maior problema, apontou o senador, é que continua a concentração de profissionais nos grandes centros. Exemplo disso é que, no Amapá, existem apenas 254 médicos, contra quase 70 mil no estado de São Paulo.

- Essa situação é reflexo da concentração das principais instituições de ensino médico no Sul e Sudeste do país. É lastimável que as regiões historicamente mais carentes de profissionais sejam aquelas que menos formem médicos.

Além da baixa remuneração, os médicos do setor público carecem de condições adequadas de trabalho, afirmou o senador. Faltam medicamentos, além de instalações e equipamentos apropriados, o que praticamente inviabiliza o exercício de uma medicina condizente com as inúmeras necessidades da população.

Para mudar essa realidade, Papaléo recomendou a formulação de políticas públicas eficazes, que assegurem melhores condições de trabalho e melhor remuneração para os médicos da rede pública.

- Só assim garantiremos a qualidade do atendimento e evitaremos um êxodo de profissionais para a iniciativa privada, o que só fará piorar as condições da saúde pública no Brasil.



18/10/2004

Agência Senado


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