Papaléo Paes recomenda prudência na discussão das reformas



O senador Papaléo Paes (PMDB-AP) recomendou prudência na discussão das reformas constitucionais em curso no país. Essa atitude de cautela, que deve pressupor uma profunda análise dos resultados das medidas a curto e a longo prazo, poderá evitar -que o país não venha a ser pego de surpresa, como foi no passado, por planos econômicos e políticas públicas que muito pouco contribuíram, mas que trouxeram conseqüências muito desagradáveis-.

Ao tratar especificamente da reforma tributária, Papaléo queixou-se de que as negociações travadas pelo governo deixaram à margem especialistas da área, que têm a opinião de que a proposta deverá elevar sete impostos e contribuições. A respeito da reforma da Previdência, ele disse que o ministro da pasta, Ricardo Berzoini, participou de palestras, mas não promoveu uma ampla discussão da matéria com a sociedade.

Apesar das críticas, Papaléo Paes se mostrou sensível ao esforço do atual governo na área social, esperando que os R$ 42 bilhões de superávit no Orçamento de 2004 possam contemplar demandas das classes menos favorecidas. Recomendou que essas ações federais a curto, médio e longo prazo sejam claras e objetivas, elegendo-se atividades preferenciais sem, contudo, desguarnecer outros setores.

- Não tenho a intenção de criticar, no sentido de obstaculizar a vontade do governo de acertar, mas tenho o dever de alertar, neste momento em que o país necessita tomar rumo no seu desenvolvimento, sem deixar o cidadão cada vez mais empobrecido - declarou.

No ponto de vista do senador, é preciso objetividade na condução das reformas, de forma a evitar o risco de -inovações inconseqüentes- ou mudanças inócuas para o país.



25/08/2003

Agência Senado


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