Papaléo propõe mais campanhas preventivas do governo contra a hepatite
O senador Papaléo Paes (PMDB-AP) fez um apelo nesta segunda-feira (17) ao governo federal por mais recursos na realização de campanhas preventivas de esclarecimento sobre a realidade da hepatite no Brasil. Dados divulgados pelas autoridades sanitárias estimam, segundo o senador, que um em cada 40 brasileiros sejam portadores da hepatite C, ou seja, cerca de 3 milhões de pessoas, enquanto aproximadamente 2 milhões sofrem cronicamente de hepatite B.
O senador, que é médico, esclareceu que a hepatite A é a forma mais branda da enfermidade, com tratamento relativamente pouco complicado, e o paciente pode se recuperar sem seqüelas. Já a hepatite B é transmitida por agulhas contaminadas, relações sexuais e contato com sangue contagioso, e cerca de 10% dos pacientes atingidos evoluem para um quadro crônico. A hepatite C, por sua vez, é a forma mais perigosa de todas, pois parte significativa dos contaminados desenvolve cirrose hepática, advertiu Papaléo.
O Brasil, segundo o senador, é extremamente vulnerável a todos os tipos de hepatite. A maioria dos casos registrados tem como causa primeira as precárias condições sociais, a falta de higiene, a débil educação das camadas mais pobres da população, a precariedade do funcionamento do sistema nacional de saúde e o descaso em relação à situação de miséria em que estão mergulhados pelo menos 85 milhões de brasileiros.
Apesar de reconhecer os enormes obstáculos, sobretudo na área econômica, "que tornam bastante difícil" o combate contra as diversas formas de hepatite, Papaléo admitiu que não se pode deixar de reconhecer que o governo federal tem se empenhado bastante nessa cruzada.
Neste sentido, ele destacou que, no final de 2002, importante iniciativa foi assumida pelo Ministério da Saúde em relação ao combate contra a hepatite C, quando os portadores da doença passaram a receber gratuitamente os três remédios fundamentais para o tratamento, distribuído pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Buscando aprimorar suas ações no campo do controle e da prevenção das hepatites, o Ministério da Saúde criou ainda o Programa Nacional de Hepatites Virais (PNDV), acrescentou Papaléo.
17/05/2004
Agência Senado
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