Papaléo protesta contra a venda de contratos de planos de saúde



O senador Papaléo Paes (PSDB-AP) protestou em discurso contra a decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que editou resolução permitindo que as pequenas empresas de planos de saúde, sem problemas financeiros, vendam ou transfiram seus contratos com filiados a grandes grupos do setor. Papaléo afirmou que essas pequenas empresas são as que melhor atendem às pessoas idosas e oferecem atendimento a preços menores.

- As grandes empresas já estão 'deitando e rolando', fazendo todas as aquisições possíveis. A ANS deveria estimular a permanência no mercado dessas pequenas operadoras, pois elas proporcionam atendimento a preços bem mais acessíveis - lamentou o senador.

Papeléo Paes informou que existem no país 1.239 empresas de planos de saúde, mas as três maiores ficam com 12% do mercado. As 24 maiores empresas atendem a pouco mais de 23 milhões dos 45 milhões de filiados a planos de saúde no país.

O senador pelo Amapá lembrou que a ANS já indicava há alguns anos que, "para um mercado estável e com relativa segurança para os usuários", o número de empresas sólidas deveria ficar entre 400 e 500 empresas. Observou que, com o mercado concentrado em um número menor de empresas, a concorrência de preços tende a ser menor, "sem descartar a possibilidade de cartelização".

- Nesse caso, pobres daqueles que dependem de assistência de planos de saúde - afirmou. O senador disse ainda que os percentuais de reajuste dos planos autorizados pela ANS têm sido superiores à inflação. No início de junho, por exemplo, foi autorizado um reajuste de5,76%, que significa quase o dobro da inflação dos 12 meses anteriores, que foi de 3,18% (IPCA, do IBGE).

25/06/2007

Agência Senado


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