Papel das TVs Legislativas como canais de inclusão social é tema de seminário



A experiência da TV Senado será um dos temas tratados no seminário "TV Legislativa, canal de inclusão social", uma realização da Assembléia Legislativa de São Paulo programada para esta quinta-feira (23), com início às 9h e encerramento às 18h. As inscrições são gratuitas. No dia seguinte (24), está prevista uma reunião da Associação Brasileira de TVs e Rádios Legislativas.

TV pública, tecnologia digital e a experiência brasileira de TV Legislativa, com os casos da TV Senado, da TV Câmara dos Deputados e da TV Assembléia de Minas Gerais, são os painéis previstos na programação. A diretora da TV Senado, Marilena Chiarelli, já confirmou presença como palestrante no evento.
 
Ao antecipar o conteúdo de sua palestra, a diretora disse acreditar que a emissora do Senado tem realizado um trabalho com resultados que contribuem para a inclusão social e para a democratização da informação no Brasil, considerado o quadro informativo-cultural precário do povo brasileiro. Ela informou que o sinal da emissora é captado por 12 milhões de parabólicas, o que significa uma audiência potencial de 48 milhões de pessoas.

Esses dados são significativos, assinalou a diretora, quando se está diante de estatísticas segundo as quais a tiragem dos jornais diários brasileiros atinge atualmente 6,5 milhões de exemplares e que, de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a taxa de leitura de jornais no Brasil é de 28 exemplares para cada grupo de mil leitores, índice que, como destacou Marilena, deixa o país abaixo da Bolívia quando se trata de hábito de leitura.

Para a diretora, a maior qualidade da TV Senado e de outras emissoras legislativas é a pluralidade de programação, com uma opção pela educação em um sentido bastante amplo. A TV Senado, disse Marilena, aborda em profundidade temáticas que não são tratadas nas outras mídias, seja em debates, entrevistas, programas especiais e documentários.

- E o retorno é fantástico. Recebemos grande quantidade de emails e telefonemas que nos indicam que estamos no caminho certo. Foi uma experiência construída ao longo de oito anos, por uma equipe com consciência, senso democrático e amplo apoio das mesas diretoras que comandaram o Senado Federal até agora - destacou ela.

Marilena argumenta ainda que as emissoras legislativas podem ser consideradas "janelas da cidadania", ao possibilitarem a expressão de todas as tendências de pensamento quando transmitem os trabalhos da instituição a que estão ligadas, como os debates em Plenário e as discussões nas comissões.

- Educar dessa forma é incluir, com certeza - disse, ressaltando, entretanto, a necessidade de que as TV legislativas tenham como meta a abertura do sinal, pelo sistema UHF, para que a inclusão possa ser mais abrangente.

Controle de Fitas

A Secretaria Especial de Informática (Prodasen) está desenvolvendo um Sistema de Controle de Fitas (Confitas) para atender as necessidades da TV Senado. O Prodasen acredita que com o novo sistema será possível ter o domínio completo da movimentação de fitas da TV, inclusive com o controle do estoque de vida útil de cada fita arquivada, impedindo, assim, que imagens históricas sejam perdidas por estarem armazenadas há tempo demais na mesma mídia.

O primeiro módulo do sistema - de controle de tráfego - já foi aprovado e, de acordo com o Prodasen, o segundo - de controle de fitas arquivadas - ficará pronto até novembro.



22/09/2004

Agência Senado


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