Para Agripino, agenda positiva deve ter CPI



A agenda positiva defendida pelo governo deveria "passar a limpo a ética no país" e incluir a instalação de uma CPI (comissão parlamentar de inquérito) para desvendar o caso Waldomiro Diniz, defendeu nesta terça-feira (2) o líder do PFL, senador José Agripino (RN). Para ele, a ética é parte prioritária do crescimento do país e só com uma CPI a nação poderá obter as respostas sobre as denúncias de propina envolvendo o assessor graduado do governo.

José Agripino, no entanto, disse estar mais preocupado com os rumos da economia nacional, com os 11,7% de desemprego e com o - 0,2% de queda do Produto Interno Bruto (PIB) registrada em 2003. Na sua avaliação, o governo não está sabendo o que fazer, tanto que alguns ministros previam um crescimento maior ou menor, mas nenhum deles anteviu a queda do PIB.

O senador comentou também que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, não respondeu a nenhum desses problemas em entrevista concedida da manhã desta terça ao Bom Dia Brasil, da Rede Globo. Para Agripino, as medidas anunciadas pelo governo para reativar a construção civil não apresentam nada de novo e procuram proteger tanto o empresário como o mutuário.

O líder do PFL adiantou ainda que seu partido não vai votar pela aprovação da MP do setor elétrico, que está trancando a pauta de votações do Senado. Sob o argumento de defender o consumidor, a proposta afugenta os investidores e futuramente prejudicará os próprios usuários, explicou.



02/03/2004

Agência Senado


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