Para Alvaro Dias, reunião com Cachoeira foi ‘espetáculo grotesco’



Diante da recusa do contraventor Carlinhos Cachoeira em responder às perguntas formuladas pela CPI, nesta terça-feira (22), o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) optou por abandonar a reunião da comissão. Já em Plenário, o líder do PSDB disse que, ao interrogar quem não pretendia falar, os parlamentares acabaram prestando um serviço à defesa do contraventor.

– [Foi um] espetáculo grotesco, apresentado ao país por um marginal que deixou [o presídio da] Papuda e, como um ator boquirroto, mantém-se em silêncio. Caberia ao comando da CPI solicitar o juramento do depoente. Quando um marginal vem a uma CPI para depor, a preliminar é solicitar o juramento, mesmo que indiciado. A negativa é uma manifestação de má intenção. É a revelação do propósito de não dizer a verdade, e isso já passa a pesar contra o criminoso – explicou.

Apesar de desacreditada, avaliou o senador, a CPI tem sido pressionada a apresentar resultados. Nesse sentido, salientou, é fundamental que os parlamentares aprovem, no dia 5 de junho, a convocação do empreiteiro Fernando Cavendish, ex-dono da Delta Construções, apontada como beneficiária de recursos desviados pela quadrilha de Cachoeira.

- É de grande importância a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico das empresas aliadas, estabelecendo todas as conexões, a partir da matriz da Delta, com governos municipais, estaduais e federal – acrescentou Alvaro Dias.



22/05/2012

Agência Senado


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