Para Atanasof, Parlamento do Mercosul receberá voz da sociedade

O Presidente da Representação Argentina, Alfredo Atanasof, em seu discurso, ressaltou que com a instalação do Parlamento do Mercosul a voz da sociedade terá lugar para reverberar. Ele destacou que a criação do parlamento é um grande passo no processo de integração regional de Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, membros efetivos do bloco.

- O Parlamento será a caixa de ressonância para a voz dos cidadãos se expressar. A voz que até agora estava à margem do processo de tomada de decisões, da unificação do bloco, do desenvolvimento da agenda. Essa voz quer se expressar, ser escutada - ressaltou.

Para o parlamentar, é preciso convocar a sociedade para que se façam aportes construtivos, elogios e críticas ao processo, o que em sua opinião seria uma forma contundente de dotar o processo de integração de mais transparência. Atanasof destacou a necessidade de realização de audiências públicas, por exemplo, e disse ainda ser necessário criar uma nova agenda de integração, capaz de debater os interesses pendentes das nações vizinhas, já que "nosso destino vai se unindo ao destino dos nossos sócios, vizinhos e irmãos sul-americanos":

- Creio que o Parlamento do Mercosul significará mais participação, mais controle e mais democracia. Mas ainda temos um longo caminho para percorrer, para alcançarmos as metas a que nos propomos - avaliou.

Ele fez questão de lembrar dos parlamentares que nos quase 15 anos desde a assinatura do Tratado de Assunção integraram as comissões parlamentares conjuntas que somaram "esforços e sacrifícios" até chegar à constituição da nova instituição parlamentar regional.

- Damos início à primeira etapa de constituição, e teremos que ir avançando às etapas seguintes previstas no protocolo. Como no parlamento europeu, um dia este [Parlamento do Mercosul] também será eleito diretamente pelos mais de 250 milhões de habitantes da região. Aspiro ainda a união de outros países ao bloco, que busca ser o pilar fundamental da região - disse.

14/12/2006

Agência Senado

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