Seminário debate participação da sociedade civil no Parlamento do Mercosul
No segundo turno de atividades, realizado na tarde desta quinta-feira (22), o seminário O Parlamento do Mercosul e os Direitos Humanos, realizado na Câmara dos Deputados, debateu maneiras de inserção da sociedade civil no Parlamento do Mercosul. Pela manhã, participaram do seminário o presidente do Parlamento do Mercosul, o deputado uruguaio Roberto Conde, e o senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC), presidente da Representação Brasileira.
A procuradora federal Ela Wiecko, da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, elogiou a criação do Parlamento do Mercosul, afirmando que o processo de integração sul-americana estava até então restrito ao campo econômico. Na opinião da procuradora, o Parlamento inaugura uma nova fase de participação da sociedade civil no Mercosul, ao sediar audiências públicas que vão discutir assuntos de comum interesse do bloco. No entanto, ela observa que é necessário garantir que os participantes destas audiências tenham possibilidades de se deslocar ao Parlamento.
- Para assegurar a participação da sociedade civil é preciso pensar quem vai pagar essas despesas - afirmou Wiecko.
Outro aspecto abordado pelo seminário foi a situação dos direitos humanos, em especial de crianças e adolescentes, nos países integrantes do Mercosul. O pesquisador do Instituto Brasileiro de Análises Econômicas, Maurício Santoro, ressaltou que os países integrantes do bloco devem adotar uma política comum voltada a juventude.
- Não adianta um país ter uma boa política e outro não ter - disse o pesquisador,que também apontou as dificuldades de pesquisar o tema nos países do Mercosul, visto que - segundo ele - cada um adota uma definição diferente acerca do conceito de juventude.
O seminário também recebeu o deputado Dr. Rosinha (PT-PR), vice-presidente brasileiro do Parlamento do Mercosul, que criticou a escassez de recursos para criação da Casa. Também participaram do evento o deputado Geraldo Thadeu (PPS-MG); a consultora do Senado Federal, Maria Cláudia Drummond e o pesquisador do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), Átila Roque.
22/11/2007
Agência Senado
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