Parlamento poderá ser ponte com sociedade do Mercosul, diz Renan
O Parlamento do Mercosul poderá ser a "melhor ponte" entre as demandas da população dos países que compõem o bloco e as suas instâncias decisórias, segundo o presidente do Senado, Renan Calheiros. Em pronunciamento feito durante a sessão de instalação do novo órgão, realizada nesta segunda-feira (7) em Montevidéu, ele disse que a representação parlamentar regional servirá como garantia de um processo de integração "mais aberto, participativo e transparente".
Na opinião do senador, o parlamento deverá acelerar a incorporação aos ordenamentos jurídicos internos das normas do Mercosul. Além disso, previu, atuará como instrumento fundamental para fortalecer a identidade política e institucional do bloco.
O relacionamento do Brasil com os países vizinhos, na avaliação do presidente do Senado, nunca foi tão denso e intenso. Não foi fácil, como recordou, superar décadas de distanciamento entre os países da região. Mas não há outro caminho, alertou, para a América do Sul que não seja o da construção de um espaço econômico, político e social integrado.
Para Renan, o novo parlamento viverá seu próximo desafio em 2010, quando serão eleitos - em conjunto com os deputados federais e senadores - os deputados brasileiros que assumirão seus mandatos em 2011 no Parlamento do Mercosul. Ele lembrou ainda que, em 2014, os deputados de todos os países do bloco escolherão seus representantes no parlamento no mesmo dia.
- Até lá, precisamos somar esforços para que o Parlamento do Mercosul seja percebido pela opinião pública como instituição transparente, com ampla interação com a sociedade. Uma instituição capaz de aproximar culturas, desfazer eventuais crises de desconfiança e debater os diferentes interesses de cada Estado parte - sustentou.
Chinaglia
Também presente à sessão, o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arlindo Chinaglia, disse que o Parlamento do Mercosul será um importante instrumento de ampliação da participação dos cidadãos na condução do processo de integração. Ele previu a realização de reuniões públicas do novo órgão, com a participação de órgãos de representação popular, empresários e trabalhadores.
07/05/2007
Agência Senado
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