Para Cecília Hypólito, emissão de debêntures pela Corsan não é irregular



Para a presidente da Comissão de Finanças da Assembléia Legislativa, deputada Cecilia Hypolito (PT), a denúncia feita (7/11) durante a reunião da Comissão de Fiscalização e Controle Orçamentário sobre a emissão de debêntures pela Corsan é mais um lance da estratégia da oposição de atacar o governo gaúcho. “A prática dos nossos adversários é sempre a mesma, ou seja, apresentar uma série de dados parciais e imprecisos, misturando assuntos diferentes para confundir a opinião pública e lançar suspeitas sobre o Executivo estadual”, opinou Cecilia.

Segundo Cecilia, ao contrário do que afirmam os deputados Cézar Busatto e Berfran Rosado (PPS), a emissão de debêntures (título privado de crédito que serve como forma de financiamento) efetuada pela CORSAN não apresenta nenhuma irregularidade. Conforme a deputada, os argumentos dos parlamentares não têm consistência e mostram despreparo dos deputados. “O custo da operação é o de mercado e não elevado como dizem Busatto e Rosado.

Atualmente uma emissão deste tipo custa a taxa do CDI + 2% ao ano, sendo que o custo da operação feita pela Corsan, inclusive, ficou abaixo disto (taxa de CDI + 1,2%)”.

Cecilia ressaltou que, atualmente, a emissão destes títulos é a única alternativa viável para as empresas públicas, devido a asfixia de recursos efetuada pela política do governo federal. Ela citou os exemplos da SANEPAR (empresa de saneamento do Paraná), que emitiu R$ 72 milhões em debêntures e estuda nova emissão e a SABESP (São Paulo), que também fez recentemente uma operação deste tipo. A presidente da Comissão de Finanças ainda lembrou que, em 1996, a CORSAN emitiu debêntures no valor de R$ 30 milhões também com prazo de 36 meses (12 meses de carência e 24 de resgate), sendo que a primeira parcela do resgate foi paga em dezembro de 1998. “Em outras palavras, das 24 parcelas de um financiamento tomado pelo governo anterior, 23 foram pagas no atual governo”.
De acordo com Cecilia os deputados da oposição ao tentarem justificar uma falsa “gestão temerária” cometem vários erros, entre eles o valor da receita mensal que é de R$ 48,9 milhões e não de R$ 40 milhões, como eles afirmaram. “Com a folha de pagamento, eles também forneceram dados errados, pois seu custo em outubro último foi de R$ 11,6 milhões e não R$ 16 milhões, como eles anunciaram na reunião. Além disso, R$ 1,6 milhão deste total refere-se à parcela do 13º salário”. Cecilia revelou ainda que o valor das despesas de custeio da empresa anunciado pelos novos deputados do PPS também está incorreto, pois a despesa em média é de R$ 10 milhões e não R$ 15 milhões.

11/07/2001


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