PARA GILVAM BORGES, ALVO DA CAMPANHA FOI O PRESIDENTE



O senador Gilvam Borges (PMDB-AP) solidarizou-se nesta terça-feira (dia 24) com o governo em razão da crise política que resultou no afastamento das autoridades incumbidas do processo de privatização. Ele sustentou que o presidente Fernando Henrique Cardoso é o "alvo final de toda esta campanha sórdida de enfraquecimento de seu comando sereno e lúcido, sempre voltado para a realização dos superiores interesses da nação".Na opinião de Gilvam Borges, o que menos convém hoje ao país é "poluir-se ainda mais o ambiente político e econômico, já bastante conturbado pela instabilidade que domina os mercados externos". Ele acha que o país está enfrentando crises internas fabricadas por quem não tem compromissos com o desenvolvimento e o bem-estar social, mas somente com seus mesquinhos projetos pessoais"Manifestando sua indignação com o que aconteceu, o parlamentar afirmou ter certeza de que essa crise foi "tramada por interesses comerciais e políticos escusos". Também disse que o episódio visa claramente a desviar o governo de seus projetos estratégicos e de seus compromissos de campanha, que consistem em retomar o crescimento econômico, mediante uma nova política industrial.Gilvam Borges argumentou que o ex-ministro Mendonça de Barros parece ter razão ao declarar à imprensa que a agenda de modernização econômica do presidente da República não coincide com a de sua base política. "É preciso e mesmo urgente que a base de sustentação do governo não leve a disputa por espaço de poder ao paroxismo de pôr em risco o crédito e a viabilidade de todo um projeto de governo", declarou.Ele citou o ministro da Saúde, José Serra, para concluir que, de todo esse episódio envolvendo os grampos telefônicos no BNDES, "parece ficar a incômoda sensação de que o crime compensa". Em sua opinião, a ninguém parece preocupar o único fato consistente e insofismável, resultante desta teia de intrigas, que é o da escuta telefônica clandestina e criminosa.

24/11/1998

Agência Senado


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