PARA SEBASTIÃO ROCHA, MÉDICOS BRASILEIROS OPERAM MILAGRES



O senador Sebastião Rocha (PDT-AP) considerou hoje (dia 21) um milagre o médico brasileiro conseguir salvar vidas humanas "ganhando salários tão baixos e sendo obrigado a cumprir carga de trabalho tão excessiva". Para ele, os médicos exercem a profissão com orientação sacerdotal, de maneira abnegada, e não estariam cumprindo seu dever se não fossem pessoas vocacionadas para o exercício da medicina.

- Suas lutas, suas dificuldades para superar obstáculos aparentemente intransponíveis, salvando vidas humanas em hospitais desaparelhados, em que faltam até mesmo mercurocromo e esparadrapo, são motivos de comemoração, numa época em que outros países praticam uma medicina de alta tecnologia, com o mais elevado nível de sofisticação e abundância de recursos materiais de apoio - disse ele.

Sebastião Rocha, um dos autores do requerimento da homenagem do Senado ao Dia do Médico, denunciou o estado lamentável da saúde pública no país, dando como exemplo as mortes causadas pela transfusão de sangue contaminado em clínicas como a Santa Genoveva e em maternidades do Ceará e de Roraima.

Na opinião dele, esses casos representam a ponta do iceberg de um sistema de saúde em crise profunda. Ele isentou o ministro da Saúde, mas responsabilizou a burocracia existente no atendimento e no fornecimento de materiais e recursos humanos adequados para prestação do serviço médico em muitos hospitais.

Ao comentar o projeto que regulamenta os planos de saúde, Sebastião Rocha adiantou que, se confirmada sua indicação para relatoria do projeto na Comissão de Assuntos Sociais, apresentará emendas limitando prazos de carência para tratamentos e assegurando atendimento a todos os tipos de doenças.

Em aparte, os senadores Gilvam Borges (PMDB-AP) e Valmir Campelo (PTB-DF) elogiaram a iniciativa de Sebastião Rocha de requerer a homenagem ao Dia do Médico e ressaltaram a atuação do senador como médico ginecologista. Gilvam também pediu apoio para o projeto que assegura, em casos especiais, o direito das mulheres realizarem aborto em hospitais públicos.



21/10/1997

Agência Senado


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