Para senadores, primeiro semestre precisa ser de trabalho intenso




Ao lado do presidente da Câmara, Renan pediu prioridade para o 'rolezinho legislativo'

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Durante seu discurso na sessão de abertura dos trabalhos legislativos na tarde desta segunda-feira (3), o presidente do Senado, Renan Calheiros, sugeriu que os parlamentares "deixem um pouco de lado as campanhas eleitorais e as eleições e se concentrem nas atividades legislativas", pelo menos no primeiro semestre de 2014.

– Vamos priorizar o ‘rolezinho’ legislativo ao invés dos ‘rolezinhos’ políticos – disse ele durante a sessão, à qual compareceram os presidentes da Câmara, Henrique Eduardo Alves, e do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa.

Para os senadores Inácio Arruda (PCdoB-CE) e Aloysio Nunes (PSDB-SP), os primeiros meses de 2014 precisam ser bem aproveitados pelos parlamentares para a discussão e votação de matérias importantes para o país.

Mas Inácio Arruda ponderou que é muito difícil para qualquer parlamentar, até mesmo para o presidente Renan, esquecer as campanhas eleitorais, as eleições e as negociações político-partidárias, já que todos acabam por se envolver nas campanhas em seus próprios estados e também na campanha presidencial.

– A eleição é fundamental para todos nós, principalmente a presidencial – disse.

Ele citou como algumas de suas prioridades para 2014 a regulamentação dos direitos trabalhistas dos empregados domésticos, o projeto que reduz a jornada de trabalho de 44h para 40h semanais e o Plano Nacional de Educação (PNE).

Inácio Arruda aposta que o primeiro semestre será de muito trabalho para deputados e senadores, ficando as campanhas e a eleição para o segundo semestre. Mesmo assim, disse ele, Senado e Câmara devem elaborar calendário especial de votações para o segundo semestre, com semanas de esforço concentrado para apreciação de matérias pendentes. Conforme o senador, é papel dos parlamentares conciliar o “tempo da disputa eleitoral” com o tempo para os trabalhos legislativos, que precisam continuar mesmo que menos intensos no segundo semestre.

– Temos quatro meses de campanha no Brasil, não temos por que sacrificar o primeiro semestre. Nisso Renan tem toda razão – afirmou Inácio.

Já Aloysio Nunes considera que a sugestão do presidente do Senado é “possível e necessária”.

– Aliás, mais do que necessária, é nossa obrigação perante o Brasil e os eleitores – declarou Aloysio.

Ele citou como algumas de suas prioridades este ano questões referentes ao pacto federativo, como a reformulação do ICMS e a busca de mais recursos para saúde e para a segurança pública.

– O Senado deve dar uma resposta, no plano legislativo, ao tema da segurança pública – disse.



03/02/2014

Agência Senado


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