NAPOLEÃO RESSALTA TRABALHO INTENSO DO SENADO NO 1º SEMESTRE



O líder do PFL no Senado, Hugo Napoleão (PFL-PI), ressaltou o trabalho intenso dos senadores durante este primeiro semestre legislativo. Ele avalia que no período foram aprovadas melhorias substanciais na vida do cidadão brasileiro, entre elas, a vinculação de verbas federais, estaduais e municipais para o setor de saúde, e a lei de responsabilidade fiscal, com parâmetros para exigir deveres mais rígidos dos homens públicos em relação a gastos governamentais.
Na avaliação de Napoleão, durante o segundo semestre as atenções dos políticos estarão voltadas para as eleições municipais. "Teremos duas semanas de trabalhos deliberativos durante agosto e uma semana no mês de setembro. Somente depois das eleições, o Senado voltará a trabalhar em tempo integral para apreciar a reforma do Judiciário e a reforma política. Também a reforma tributária, quando a Câmara terminar suas votações", disse.
Como líder do PFL, Napoleão garantiu serem "excelentes" as perspectivas eleitorais do partido, em outubro. Ele lembrou que o PFL, além de ser o maior partido na Câmara dos Deputados e o segundo no Senado, tem enorme capilaridade, com 1000 prefeitos, 20 mil vereadores e mais de três milhões de filiados. Por isso, sustenta, reúne condições para uma boa performance eleitoral. "No que diz respeito a capitais, Rio de Janeiro, Salvador e Recife representam vitórias quase certas", observou.
O senador reconheceu que a cassação do mandato de Luiz Estevão representou um processo traumático para o Senado. Lembrando que a sessão secreta não permite comentários, Napoleão disse não ser agradável julgar um colega, menos ainda puni-lo. "A sessão foi lúgubre, com a maior parte dos senadores estupefactos diante de uma situação inédita na história da Casa".
Hugo Napoleão negou que a cassação do mandato de Estevão tenha mostrado a necessidade de se mudarem as regras de suplência dos senadores. Para ele, o tema representa uma discussão, uma vez que raras vezes os suplentes assumem permanentemente os mandatos dos titulares. "Se formos mudar, o melhor seria adotar a regra do Senado norte-americano que promove nova eleição direta e popular para preencher a vaga".

03/07/2000

Agência Senado


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