PARA SIMON, MILTON CAMPOS É EXEMPLO DE GRANDEZA E INTEGRIDADE
Entre os integrantes da geração de Milton Campos que o reconheciam como o maior de todos, Simon citou Pedro Aleixo, Afonso Arinos, Gustavo Capanema, Carlos Drummond de Andrade, Rodrigo Mello Franco, Edgar Matta Machado e Cyro dos Anjos.
Na biografia que fez do homenageado, o senador gaúcho lembrou a formação jurídica, a densidade como articulista, o administrador competente à frente do governo de Minas Gerais e o político íntegro que, após ter sido deputado estadual e federal, veio a morrer no exercício do mandato de senador, em 1972.
Em 1964, continuou o senador, Milton Campos assumiu o Ministério da Justiça do governo Castelo Branco, durante a vigência do Ato Institucional nº 1. Em 1º de outubro de 1965, às vésperas das eleições para os governos estaduais, considerou sua missão encerrada e exonerou-se do ministério, sem participar da elaboração do AI-2.
Um exemplo da estatura moral de Milton Campos, na opinião de Simon, foi sua recusa em aceitar, por duas vezes, os convites de Castelo Branco para que ocupasse uma vaga no Supremo Tribunal Federal. Quando ministro da Justiça, o número de integrantes do STF foi aumentado, decisão de que ele discordou. Convidado pelo presidente, recusou: "Poderia parecer que ele se beneficiava de uma decisão do governo que havia integrado, e isso seria algo insuportável para um homem de sua estatura moral", explicou o senador. O segundo convite foi recusado sob alegação de que estava com muita idade e pretendia aposentar-se, acrescentou Simon.
30/11/2000
Agência Senado
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