Para Tebet, Covas era uma referencia ética



Com a morte do governador de São Paulo, Mário Covas, o senador Ramez Tebet ( PMDB-MS) disse ter "percebido o quanto vale a pena ser sincero, honesto e coerente". Presente ao sepultamento ocorrido nesta quarta-feira (dia 07) à tarde em Santos, o parlamentar ficou comovido com as demonstrações de carinho da população. Tebet fez questão de deixar registrado que não é apenas São Paulo que perde com a morte de Covas. Em sua opinião, o Brasil fica mais pobre e o mundo político deixa de ter uma referência ética..

Também chamou a atenção do senador o fato de que homens de diferentes tendências políticas tenham comparecido ao enterro. Algo que só uma figura pública, sem manchas biográficas, como Mário Covas, poderia conseguir, disse o senador. Por ser presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, Tebet entende que tem autoridade para assegurar que, a partir de agora, o político paulista passará a servir de modelo de ética e moralidade. O senador equiparou a trajetória de Covas à de políticos da estatura de Tancredo Neves, Teotônio Vilella e Ulysses Guimarães.

Ao ressaltar o bom trânsito político do governador e as suas qualidade pessoais, Tebet disse que morreu um presidente em potencial. Para ele, Covas tinha grandes chances de ser o sucessor de Fernando Henrique na Presidência da República.

Desde que conheceu Covas em Araçatuba (SP) na década de 60, o parlamentar sempre nutriu uma enorme admiração pelo político paulista. " Covas foi o exemplo mais vivo e eloqüente de ética no país" , afirmou o parlamentar.

Presidindo a sessão, o senador Tasso Rosado (PMDB-RN) associou-se às homenagens prestadas ao governador Mário Covas. "Covas continuará vivo entre nós" - disse.

07/03/2001

Agência Senado


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