Parceria brasileira para a construção de cisternas será apresentada no Peru



Uma iniciativa da sociedade civil, representada pela Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA), em conjunto com o governo federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), conseguiu realizar a construção de 480 mil cisternas desde 2003, abastecendo as famílias da região do Semiárido. A trajetória do projetos e as estratégias bem sucedidas serão apresentadas a partir desta terça-feira (13) no no 2º Encontro Latino-Americano de Gestão Comunitária de Água em Cuzco, no Peru.

A proposta é mostrar como a parceria entre sociedade civil e governo pode amenizar a falta de água numa região com escassez de recursos hídricos. 

Das 480 mil cisternas construídas, 340 mil receberam apoio do governo federal. Na primeira fase, o projeto priorizou o acesso à "primeira água" ou "água de beber", estendendo para a "segunda água" ou "água de comer" - usada para pequena produção familiar de alimentos - a partir de 2007. A partir de 2009, as ações se ampliaram para atender escolas da zona rural do Semiárido. A água, nesse caso, deverá melhorar as condições de ensino das escolas sem acesso regular a ela. 


Tecnologias

A cisterna é uma tecnologia popular para captação e armazenamento de água da chuva e representa solução de acesso a recursos hídricos para a população rural do Semiárido brasileiro, que sofre com os efeitos das secas prolongadas, que podem durar até oito meses do ano. 

Esse tipo de tanque permite armazenar 16 mil litros de água, o suficiente para uma família de cinco pessoas beber e preparar alimentos. É construída com placas de cimento, por meio de tecnologia popular, que capta a chuva do telhado, que é escoada para os reservatórios. 

Os reservatórios identificados de segunda água servem para o apoio à agricultura familiar na produção de alimentos para o autoconsumo. Família que já tem a primeira água recebe esse outro benefício. São sete tipos de reservatórios: cisterna calçadão, barragem subterrânea, tanque de pedra ou caldeirão, barraginhas, cisternas enxurradas e bomba d’água popular (BAP). 

As cisternas nas escolas têm capacidade para guardar 32 mil litros de água potável para os alunos; as de produção, com sistema de captação e armazenagem para irrigação de hortas escolares, comportam 50 mil litros. 


Fonte:
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome



13/09/2011 15:49


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