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A Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) recebe na quinta-feira (12), às 10h30, uma delegação da Comissão de Mercado de Trabalho do Parlamento da Suécia. O encontro é parte da visita que a delegação faz ao Brasil para, entre outros objetivos, conhecer o processo de crescimento da economia brasileira, do mercado de trabalho e do setor de negócios no país. A comitiva sueca é formada por 20 parlamentares de seis partidos, e por três assessores.

A Comissão de Mercado de Trabalho é uma das 15 comissões existentes no Parlamento sueco, que é unicameral. O colegiado trata, entre outros assuntos, de políticas de mercado de trabalho, leis trabalhistas e questões relacionadas à estruturação de carreiras profissionais. Na visita ao Brasil, os parlamentares querem conhecer as especificidades do mercado de trabalho brasileiro e a forma de organização sindical do país. Na CMA, a comitiva também deve tratar da inclusão de questões ambientais nos negócios realizados no país.

Os suecos querem conhecer ainda as estratégias para formação de mão de obra e os programas para ampliar o acesso à educação e à capacitação profissional. Também buscam conhecer as políticas brasileiras de redução da pobreza, de inclusão, de cotas e de promoção de igualdade de gênero.

Integram a delegação de parlamentares suecos o presidente da Comissão de Mercado de Trabalho, Tomas Tobé, do Partido Moderado, e outros quatro colegas do mesmo partido: Jenny Petersson, Maria Plass, Gustav Nilsson e Lotta Olsson. Pelo Partido Social Democrata participam Ylva Johansson (vice-presidente da comissão); Raimo Pärssinen; Maria Stenberg; Ann-Christin Ahlberg; Kerstin Nilsson; Patrik Björck; e Johan Andersson.

Pelo Partido Verde participam Esabelle Dingizian e Mehmet Kaplan. Pelo Partido Liberal estão Hans Backman e Ismail Kamil. Penilla Gunther e Lars-Axel Nordell representam o Partido Democrata Cristão. Abir Al-Sahlani e Annika Qarlsson, o Partido de Centro.

Relações entre Brasil e Suécia

Desde 1826, Brasil e Suécia mantêm relações diplomáticas, mas os primeiros investimentos suecos no país somente ocorreram em 1924, com a Ericsson. Atualmente, 220 empresas suecas atuam no Brasil, empregando cerca de 55 mil pessoas. Além da Ericsson, destacam-se a Tetra Pak, Volvo e Scania. Inicialmente concentradas em São Paulo, as empresas estão hoje espalhadas por todas as regiões brasileiras.

As exportações suecas para o Brasil são compostas principalmente por produtos de alto valor agregado, como partes de motores, geradores elétricos e equipamentos de telecomunicação. Já as exportações brasileiras para aquele país têm-se concentrado em produtos agrícolas e alimentos com baixo grau de industrialização.

Apesar de ter sofrido as consequências da crise na economia mundial, a Suécia vem se recuperando. Em 2010, o crescimento do PIB sueco foi de 5,5%. O país tem sido importante aliado do Brasil nos esforços para liberalizar o mercado de etanol da União Europeia (UE).

Quanto à política de mudanças climáticas, a Suécia foi um dos primeiros países a aceitar a meta de 30% de redução de emissão de carbono até 2020 e a continuidade das reduções até 2050. O país está entre os que devem liderar as discussões na conferência das Nações Unidas sobre o clima, a Rio+20, que o Brasil sediará este ano no Rio de Janeiro.



09/01/2012

Agência Senado


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