Parlamentares sugerem tarifa de 35% para importação de calçados



Em uma sessão que só terminou no início da noite de hoje, deputados e senadores do Parlamento do Mercosul aprovaram projeto de recomendação a ser entregue aos presidentes na Cúpula de Florianópolis, em dezembro, sugerindo a adoção de tarifa única de 35% à importação de calçados. "Em todo o bloco, cada país adota uma tarifa diferenciada, com alíquotas que variam de 20% a 35%. Precisamos ter uma unicidade no Mercosul também nessa área, por isso estamos recomendando aos presidentes que o Conselho do Mercado Comum adote alíquota de 35% para esses produtos de terceiros mercados", explica o presidente Pro Tempore da Comissão do Mercosul, deputado Júlio Redecker (PPB/RS). A falta de unidade acaba por prejudicar o Mercosul. Na área calçadista, por exemplo, sapatos provenientes da Ásia têm taxação de 35% na Argentina, enquanto no Brasil chega a 27%, no Uruguai 20% e no Paraguai 23%. "Precisamos falar a mesma linguagem, negociando como bloco e não individualmente. Os parlamentos dos quatro países entenderam ser essa uma prioridade, sugerindo a adoção de tarifas externas mais elevadas para terceiros mercados", resumiu Redecker. A intenção dos parlamentares é que seja criado no próprio conselho um foro negociador competente, a fim de que a tarifa sugerida passe a vigorar nos Estados-Partes. "Trata-se de uma reivindicação do setor produtivo, já que a indústria calçadista ainda é uma das que mais emprega mão-de-obra e gera renda à sociedade", define o parlamentar. ENCERRAMENTO Amanhã, ao meio-dia, encerram-se os trabalhos da Comissão do Mercosul em Porto Alegre, quando serão finalizadas as recomendações dos parlamentares aos presidentes.

11/08/2000


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