Parlasul terá sessão em Brasília
O Parlamento do Mercosul (Parlasul) realizará em Brasília a sua última sessão do ano, dividida em reuniões nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro. A decisão foi tomada durante reunião da Mesa Diretora do Parlasul ocorrida nesta segunda-feira (21), em Montevidéu. Inicialmente prevista para ocorrer em Porto Alegre, a sessão será transferida para Brasília por iniciativa da Representação Brasileira, que, desta forma, pretende aproximar parlamentares brasileiros dos representantes dos demais países do bloco.
Na opinião do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que apresentou a sugestão de transferência da sessão durante reunião da Representação Brasileira com o embaixador Regis Arslanian, representante permanente do Brasil junto ao Mercosul e à Associação Latinoamericana de Integração (Aladi), a realização de uma sessão em Brasília será importante para o Parlasul no momento em que essa instituição procura se consolidar.
O senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS), que havia proposto a realização da sessão em Porto Alegre, concordou com a transferência para Brasília, como forma de garantir maior projeção ao parlamento. A realização de uma sessão do Parlasul em Porto Alegre, disse o senador, pode ficar para o próximo ano.
Eleições
Como ressaltaram os parlamentares brasileiros, durante a reunião com Arslanian, a sessão prevista para Brasília ocorrerá às vésperas do fim do prazo para a aprovação, pelo Congresso Nacional, de um projeto de lei que regulamentará as eleições dos futuros integrantes brasileiros do Parlamento do Mercosul.
Inicialmente, o final de setembro havia sido fixado como prazo máximo para a aprovação desse projeto, devido à obrigatoriedade de se estabelecerem novas regras um ano antes das eleições. Mas o prazo pode ser ampliado até dezembro segundo uma nova interpretação da legislação, mencionada na reunião pelo deputado Dr. Rosinha (PT-PR), relator, na Câmara, do projeto que regulamenta as eleições para o Parlamento do Mercosul
Segundo Rosinha, diversos consultores da Câmara concordam com a interpretação segundo a qual, por ser um tipo novo de eleição, e não uma mudança de regras vigentes, não haveria necessidade de um ano de intervalo entre a aprovação do projeto e as eleições. Ele informou aos demais integrantes da representação que a tese era vista com simpatia pelo presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer.
Para que o projeto seja colocado em votação, porém, será necessário inicialmente estabelecer o número de parlamentares a serem eleitos pelo Brasil. Segundo acordo político firmado em 28 de abril, em sessão do Parlasul realizada em Assunção, e ratificado na última sessão, no final de agosto, em Montevidéu, o Brasil elegeria 37 parlamentares em 2010, enquanto a Argentina elegeria 26 em 2011 e Paraguai e Uruguai manteriam seus atuais bancadas de 18 parlamentares cada. Em 2014, o Brasil passaria a eleger 75 parlamentares.
O acordo político só terá validade, no entanto, quando vier a ser adotado pelo Conselho do Mercado Comum - órgão máximo do bloco - a partir de recomendação do Parlasul. Por isso, a Mesa decidiu também pedir uma reunião sobre o tema com os ministros de Relações Exteriores dos quatro países do bloco - Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai - no prazo de 15 dias.
Marcos Magalhães / Agência Senado
21/09/2009
Agência Senado
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