Participantes de debate analisam adoção dos princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos



"Esta data, especial para a humanidade, é um momento de muita reflexão sobre o que já foi alcançado e o que ainda resta por fazer." A afirmação foi feita por Alziro de Paiva, que representou a Fundação Paiva Neto na audiência pública realizada nesta quinta-feira (11) pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) para debater os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos - comemorados oficialmente no dia 10 dezembro.

Também convidado para a audiência, o subsecretário de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos da Presidência da República, Perly Cipriano, lembrou que a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi assinada após a 2ª Guerra Mundial, mas ressaltou que continua, ainda hoje, uma carta de princípios "a ser realizada no dia-a-dia".

- Essa declaração serve como meta, como objetivo, como sonho - destacou Perly Cipriano.

A discriminação contra aposentados e pensionistas foi o tema da exposição de outro convidado, o coordenador do Fórum Sindical dos Trabalhadores, José Augusto de Carvalho. Ele anunciou o lançamento de um abaixo-assinado em solidariedade e em apoio à votação de todos os projetos que tramitam no Congresso Nacional em defesa dessas duas categorias.

Já a responsável pela Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (Corde), Izabel Maria Madeira de Loureiro Maior, pediu a aprovação do projeto de lei do senador Paulo Paim (PT-RS) que institui o Estatuto das Pessoas com Deficiência (PLS 6/03 e PL 7699/06, na Câmara). A Corde é órgão de assessoria da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República.

- Esse documento foi bastante aperfeiçoado e, além disso, analisado à luz da Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência. Queremos que, no próximo dia 21 de setembro, Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência, esse trabalho seja concluso com a sua aprovação pelo Congresso e a sanção do presidente da República - afirmou Izabel Maria.

No debate, ainda, a representante da Associação de Mulheres Brasileiras (AMB) Guacira Cesar de Oliveira ressaltou a importância das mulheres sob a ótica dos direitos humanos.

- A Declaração Universal dos Direitos Humanos só pode ser considerada universal quando os direitos das mulheres forem respeitados como direitos humanos - defendeu Guacira.

A diretora de Programa para Comunidades Tradicionais, órgão subordinado à Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Ivonete Carvalho, pediu a aprovação do Estatuto da Igualdade Racial em 2009, também apresentado em projeto de Paim (PLS 213/03, que tramita na Câmara como 2940/08). Ela destacou, durante a audiência, que a sua subsecretaria, que trata dos direitos dos quilombolas e de outros grupos de matriz africana, teve neste ano um orçamento de R$ 2 bilhões para iniciativas nas áreas de saneamento básico, para a implantação do programa Luz para Todos e para outros programas de inclusão social.



11/12/2008

Agência Senado


Artigos Relacionados


Debate na CDH celebra os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos

Audiência pública na CDH debate os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos

Cândido destaca Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos

Declaração Universal dos Direitos Humanos garante igualdade social

Cristovam saúda aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos

Simon reverencia os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos