Patrimônio histórico em MG e RS receberá investimentos



O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou duas operações de apoio financeiro, no valor total de R$ 4,3 milhões para ações de preservação e restauro do patrimônio histórico brasileiro, em Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Os recursos viabilizarão a reforma do Museu do Rio Grande (RS) e a restauração do acervo de esculturas e bens da Igreja de Santo Antônio de Itatiaia, em Ouro Branco (MG).

Dos recursos, R$ 2,3 milhões destinam-se à Fundação Cidade do Rio Grande (FCRG), cujo projeto prevê renovar o projeto museográfico e expositivo do Museu do Rio Grande, com pesquisas sobre o significado das peças no banco de dados da instituição para aprimorar próximas mostras. As reformas preveem a criação de um espaço multiuso para apresentação de programas educativos, a revisão de instalações elétricas e pintura.

Os recursos do BNDES são não-reembolsáveis e correspondem a 86,5% do valor total a ser investido no projeto. A operação acontece no âmbito do Programa BNDES para o Desenvolvimento da Economia da Cultura (BNDES Procult) e deve contribuir para o desenvolvimento cultural e social da cidade, ao elevar o número de visitantes e ajudar na revitalização da área do Porto Histórico.

Fundado em 1984, o Museu retrata a história da primeira capital do Rio Grande do Sul, por meio da preservação da memória cultural da cidade. Para tanto, são duas unidades: uma abriga a coleção histórica, com cerca de seis mil peças, e a outra, a coleção sacra, que possui aproximadamente duas mil peças.

A primeira unidade ocupa uma parte do antigo prédio da Alfândega (edificação do século XIX tombada pelo Iphan em 1967). A coleção sacra está exposta na Capela de São Francisco (templo que forma, com a Igreja Matriz de São Pedro, um conjunto arquitetônico do século XVIII, tombado pelo Iphan em 1938).

Minas Gerais

A outra operação aprovada pelo BNDES, no valor de R$ 2 milhões, apoiará a restauração do acervo de esculturas e bens da Igreja de Santo Antônio de Itatiaia, em Ouro Branco (MG). Os recursos destinam-se à Associação Sócio-Cultural Os Bem-Te-Vis, para projeto que busca recuperar o interior da construção, onde bens como retábulos, púlpito, arco-cruzeiro, balaustrada da nave e pia batismal estão em estado de conservação precário.

A igreja guarda em seu interior ricos trabalhos de talha e pintura - considerados dos mais representativos de Minas - e esculturas, com destaque para imagens do padroeiro Santo Antônio, de possível origem portuguesa, de Nossa Senhora do Rosário e Nossa Senhora da Piedade. Tombada pelo Iphan, a Igreja foi uma das primeiras erguidas na região, por iniciativa das Irmandades do Santíssimo Sacramento, Nossa Senhora do Rosário dos Pretos e São Benedito.

Os trabalhos serão conduzidos por uma equipe liderada pela restauradora Luciana Bonadio. Durante a execução, as atividades religiosas não serão suspensas e os resultados serão acompanhados pelos moradores locais por meio de visitas e fotos. Após a conclusão, serão gerados postos de trabalho para guia de visitação à igreja e para os serviços de manutenção e supervisão técnica da conservação do patrimônio.

Fonte:

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social



27/01/2014 11:48


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