Centro histórico de Antonia, no Paraná, é tombado como patrimônio histórico



O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural na sede do Instituto do Patrimônio Histórico de Artístico Nacional (Iphan), em Brasília, aprovou na quinta-feira (26), o tombamento do centro histórico de Antonina, no litoral do Paraná.

De acordo com o parecer técnico elaborado pelo Iphan, a área tombada materializa os processos de ocupação territorial no Sul do Brasil, particularmente no Paraná, e está diretamente ligada ao primeiro ciclo de exploração do ouro no País.

O presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, lembra que Antonina já possui tombamentos isolados pelo governo estadual e a decisão do Conselho Consultivo proporciona a inclusão de mais um agente, que é o Iphan, em todo um trabalho que já vem sendo realizado pela preservação do patrimônio cultural.

O tombamento do conjunto histórico e paisagístico de Antonina integra a política do Iphan que visa ampliar as áreas protegidas e inclui o município no rol das cidades históricas do Brasil.

A extensão do tombamento compreende o centro histórico da cidade e o complexo das Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo (Irfm). Para o conjunto Matarazzo, será incentivada a continuidade da atividade portuária, por meio de diretrizes para ocupação da área, desde que sejam preservados e recuperados os imóveis remanescentes mais importantes individualizados no tombamento.

 

História

A região da Baía de Paranaguá foi uma das primeiras áreas exploradas pela Coroa Portuguesa na Região Sul do Brasil. Com sua extensa entrada para o continente, foi considerada um local estratégico para o controle da região e para a busca por índios e metais preciosos. A exploração de ouro na baía impulsionou o desenvolvimento inicial de Paranaguá, bem como das localidades vizinhas, como Antonina, Guaraqueçaba e Morretes.

A partir de 1914 houve um novo período de crescimento para a cidade, com o início das atividades das Indústrias Matarazzo.  Devido à falta de investimentos, ao assoreamento dos canais da baía e ao progressivo aumento do calado das embarcações, a partir de 1930, o Porto de Antonina entra em decadência. Várias empresas fecharam as portas, levando a cidade, mais uma vez, à estagnação econômica. Em 1972 houve o fechamento das Indústrias Matarazzo e, em 1976, a desativação do ramal ferroviário Morretes-Antonina.

 

O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural

Também está na pauta da reunião do Conselho Consultivo em Brasília a proposta de tombamento dos centros históricos de Manaus, no Amazonas, e das cidades piauienses de Oeiras e Piracuruca. Os conselheiros também vão avaliar a proposta de Registro como Patrimônio Cultural do Ofício e dos Modos de Fazer as Bonecas Karajá. O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, presidido pelo presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, é formado por especialistas de diversas áreas, como cultura, turismo, arquitetura e arqueologia. Ao todo, são 22 conselheiros de instituições como Ministério do Turismo, Instituto dos Arquitetos do Brasil, Sociedade de Arqueologia Brasileira, Ministério da Educação, Sociedade Brasileira de Antropologia e Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e da sociedade civil.

 

Fonte:
Iphan



27/01/2012 18:21


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