PATROCÍNIO DEFENDE TÉCNICA AGRÍCOLA MAIS NATURAL



O senador Carlos Patrocínio (PFL-TO) defendeu, em discurso no plenário nesta sexta-feira (dia 6), a adoção da técnica de plantio direto em maior escala no Brasil. O senador destacou que cerca de 75% das terras brasileiras são trabalhadas no sistema tradicional. Por isso, pediu apoio ao ministro da Agricultura e Abastecimento, Pratini de Moraes, para incentivar a adoção dessa técnica, mais natural, que apenas copia o que a natureza faz.

Patrocínio explicou que o sistema de plantio direto é pouco divulgado, e se baseia em aproveitar resíduos vegetais de culturas anteriores para dar vida a novas culturas, sem revolver o solo ou criar desequilíbrios, nem agredir o ambiente. "O bom senso, vivência, experiência e anos de vida e observação do agricultor criaram o plantio direto", disse.

Carlos Patrocínio informou que já estão sendo realizados estudos e pesquisas sobre a técnica, já incluída em currículos universitários. A Universidade de Brasília, por exemplo, está ministrando o primeiro curso de pós-graduação sobre a técnica que, em 1998, era utilizada em nove milhões de hectares no Brasil.

Depois de destacar a importância econômica da agricultura para o País, inclusive para a sustentação do plano Real, o senador lembrou que o plantio direto requer menos força de trabalho, reduz a erosão do solo, favorece o controle biológico de pragas, doenças e plantas daninhas. A técnica permite menor uso de agroquímicos e adota herbicidas de baixa toxidade. Além disso, reduz os custos de produção agrícola.

Em aparte, o senador Leomar Quintanilha (PPB-TO) afirmou que, além da utilização de técnicas modernas, a agricultura precisa também de outros tipos de incentivos. "A logística de transporte ainda representa uma grande dificuldade para a agricultura do Brasil. Precisamos de uma estrutura de transporte que torne a agricultura uma atividade econômica rentável", disse.

06/10/2000

Agência Senado


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