Patrocínio homenageia "pai do transplante cardíaco"



O senador Carlos Patrocínio (PTB-TO) fez uma homenagem, em nome do Senado, ao médico-cirurgião da África do Sul, Christian Barnard, o pioneiro dos transplantes cardíacos, recentemente falecido. Ele ressaltou o fato de que alguns dos primeiros pacientes transplantados ainda estão vivendo, 25 anos após a cirurgia cardíaca.

Patrocínio argumentou que a real importância do transplante de coração pode ser aquilatada nas estatísticas mundiais, segundo as quais as mortes por doenças cardiocirculatórias são mais numerosas do que a soma dos óbitos decorrentes de câncer e acidentes somadas.

O senador pelo Tocantins, que é médico, lembrou as numerosas cirurgias feitas pelo pioneiro dos transplantes cardíacos no Brasil, Eurico Zerbini, também falecido. "Hoje essa cirurgia se banalizou de tal forma que até a minha pequena cidade natal, Araguaína (TO), já se prepara para realizar esse tipo de cirurgia, depois de obter seu aparelho de hemodinâmica", disse.

Patrocínio lembrou que foram os transplantes de coração que, pelo seu ineditismo, levaram o Congresso brasileiro a aprovar a lei de doação de órgãos que multiplicou o número de doações e de transplantes, embora ainda não esteja funcionando tão bem quanto poderia. "A relevância dos transplantes para aumentar a longevidade das pessoas é fato inconteste", concluiu. Em aparte, o senador Bernardo Cabral (PFL-AM) associou-se à homenagem.

03/09/2001

Agência Senado


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