PATROCÍNIO PROPÕE PUNIÇÃO MAU USO DE INFORMAÇÃO PRIVILEGIADA
- É chegada a hora de desmentirmos o conceito popular de que rico não vai para a cadeia no Brasil. São os "criminosos do colarinho branco" que, valendo-se de suas ligações, obtêm informações antecipadas das medidas de política econômica que serão adotadas pelo governo e, utilizando-as inescrupulosamente, lesam o erário em quantias astronômicas, prejudicando toda a Nação - observou.
Segundo Patrocínio, é preciso estreitar a malha da legislação penal para tipificar com maior precisão os delitos praticados por esses "peixes" graúdos - "que são useiros e vezeiros em escapar pelas brechas existentes na lei". O senador admitiu já haver, na legislação brasileira, dispositivos que atribuem penalidades civis e administrativas à utilização ilícita de informações, enquanto a Lei das Sociedades por Ações prevê penas administrativas e procedimentos civis de manipulação ilegal de informação privilegiada. Ele afirmou, porém, que elas raramente são aplicadas. Carlos Patrocínio explicou que o Código Penal também trata do assunto, mas de forma genérica.
- Talvez por isso, a lei penal não tem alcançado esses delinqüentes. Assim, optei por apresentar um projeto acrescentando um artigo ao Código, para tipificar o crime de informação privilegiada, e prever punição específica - concluiu o senador.
08/08/2000
Agência Senado
Artigos Relacionados
PATROCÍNIO DEFENDE PUNIÇÃO PARA QUEM VAZAR INFORMAÇÃO PRIVILEGIADA
Receita afirma que não há informação privilegiada em leilão
Indícios de informação privilegiada serão investigados
Servidor pode ser punido ao revelar informação privilegiada
Denise diz que houve informação privilegiada no segundo leilão da venda da Varig
Simon aponta "indícios de tráfico de informação privilegiada" para bancos