Paulo Duque: ação de criminosos no RJ não é terrorismo, mas falta de "educação, formação e patriotismo"



O senador empossado nesta quarta-feira (3) Paulo Duque (PMDB-RJ) disse não concordar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, em pronunciamento do parlatório do Palácio do Planalto, após sua posse no Congresso Nacional, nesta segunda-feira (1o), classificou de "terrorismo" os atos de barbárie que vêm sendo praticados por criminosos no Rio de Janeiro.

- Não é terrorismo. Terrorismo é você andar com bomba no bolso. Isso é falta de educação, em primeiro lugar; falta de formação, em segundo; e falta de patriotismo, em terceiro - afirmou.

Para Paulo Duque, não existe "fórmula mágica" para combater a violência, mas é possível "dar sugestões, ir aos locais".

O senador, que era o segundo suplente do atual governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), assume a vaga de Regis Fichtner (PMDB), nomeado chefe do Gabinete Civil de Cabral. Aos 79 anos, Duque chega ao Senado com a experiência de oito mandatos de deputado estadual (de 1962 a 1998) e de atuação política no diretório municipal do PMDB do Rio de Janeiro.

Foi um dos primeiros parlamentares a propor a fusão dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro, em projeto de lei apresentado em 1966. A proposta decorreu da experiência do parlamentar que, em seu primeiro mandato na Assembléia Legislativa, formulou um diagnóstico institucional do ex-estado da Guanabara ao concluir atuação como relator da comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investigou denúncias de matança de mendigos durante o governo Carlos Lacerda.

- O novo Rio de Janeiro, oriundo da fusão do estado do Rio com o estado da Guanabara, trouxe um ponto de equilíbrio ao Brasil. Além disso, o Rio de Janeiro demonstrou, nas eleições, que é uma grande potência eleitoral e social no contexto nacional - observou, acrescentando que "todos os brasileiros têm um pouquinho de Rio de Janeiro na alma".



03/01/2007

Agência Senado


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